Denise Fontoura

Psicóloga pós-graduada em Psicopedagogia.

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domingo, 6 de janeiro de 2013

Doutores da Alegria

Promover a experiência da alegria na adversidade por meio da arte do palhaço é o que mobiliza a ONG Doutores da Alegria, que em 2012 atinge sua maioridade.

Reconhecida em todo o país por seu profissionalismo e atuação inovadora, a ONG mantém, desde a sua fundação, sua atividade original: as visitas periódicas dos palhaços besteirologistas às crianças hospitalizadas, que também envolvem pais e profissionais da saúde, em São Paulo, Belo Horizonte e Recife. A partir do conhecimento gerado no hospital, uma série de outras iniciativas ampliou de forma considerável a sua missão.

A este respeito, o fundador da ONG, Wellington Nogueira, costuma afirmar que “por todas as questões sociais e ambientais que permeiam a sociedade moderna, é difícil delimitar onde exatamente começa e termina o hospital - afinal, o mundo está sempre em estado de alerta”. Uma das iniciativas é a Escola, que hoje abrange o núcleo de pesquisas dedicado à linguagem do palhaço, fonte de conhecimento e aprendizado constante para os 45 profissionais de seu elenco – e o núcleo de formação, com projetos e cursos direcionados a jovens, artistas profissionais e interessados em descobrir ou aprimorar a arte do palhaço. Vale destacar o Programa de Formação para Jovens (PFPJ), que já formou cerca de 200 jovens artistas para o mercado de trabalho desde seu início, em 2004.

Também dedicam atenção a um programa de articulação chamado “Palhaços em Rede”, que conta com mais de 560 grupos cadastrados, cujo objetivo é compartilhar a experiência dos Doutores, tanto artística quanto administrativa, junto a artistas e grupos que atuam de forma semelhante em todo país. E fomentam a produção artística no Rio de Janeiro, por meio do projeto Plateias Hospitalares, que desde 2009 já levou mais de 160 apresentações artísticas a oito hospitais da rede pública no Estado do Rio de Janeiro, atingindo mais de 20 mil pessoas.

Falar em Doutores da Alegria também é falar de uma intensa produção artística, que compartilha com a sociedade o resultado dos encontros com as crianças, pais, médicos e funcionários dos hospitais. Uma produção que vai desde os Blocos Miolo e Miolinho Mole, que agitam as ruas do Recife no Carnaval, até espetáculos teatrais referendados pela crítica e que caíram nas graças do público, como “Senhor Dodói”, “Rodas Besteirológicas” e “Midnight Clowns”.

Mantida por doações de pessoas físicas e empresas há 21 anos, a ONG tem posição consolidada no terceiro setor. Possui os certificados de utilidade pública nas esferas federal, estadual e municipal, além de ser referendada por reconhecimentos importantes, como o Prêmio Criança da Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança, a inclusão na lista das 100 melhores práticas globais da divisão Habitat da Organização das Nações Unidas em três oportunidades e o Prêmio Cultura e Saúde, concedido em junho de 2009 pelo Programa Cultura Viva, iniciativa conjunta do Ministérios da Cultura e Ministério da Saúde.



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