Denise Fontoura

Psicóloga pós-graduada em Psicopedagogia.

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domingo, 27 de janeiro de 2013

Férias são tão importantes para o aprendizado das crianças quanto a escola


Ter um tempo livre para brincar é essencial para as crianças assimilarem o conteúdo visto ao longo do ano letivo. Além disso, aumenta a disposição para aprender novas informações.

Pesquisa mostra que pausa nos estudo ajuda no desenvolvimento cognitivo das crianças
Dormir até mais tarde, fazer passeios diferentes, se divertir com um monte de brincadeiras. Essas são uma das melhores coisas das férias. Mas, além de descanso e diversão, esse período pode ser muito benéfico para o desenvolvimento social, emocional e cognitivo da criança, como mostrou um novo estudo feito pela Academia Norte-Americana de Pediatria (AAP).

Após cinco anos acompanhando de perto a rotina de escolas espalhadas pelos Estados Unidos, os pesquisadores chegaram à conclusão de que deveria haver um intervalo maior entre uma aula e outra, já que essas pequenas pausas entre as aulas e as maiores entre os semestres, ou seja, as férias, são essenciais para preparar a criança para novos conteúdos, além de deixar seu filho mais disposto para o aprendizado na volta às aulas. Apesar de não definir um período de tempo ou número de pausas, a Academia pede que mais estudos sejam feitos nessa área para que haja uma conclusão mais específica.

De acordo com os pesquisadores, o intervalo melhora a concentração para a próxima aula, enquanto as férias ajudam na sedimentação do conteúdo pelo cérebro da criança. É claro que elas podem esquecer alguns conceitos mais específicos, mas, segundo os cientistas, muitas das informações aprendidas ao longo do ano ficam mais claras por meio das brincadeiras.

“Durante as férias, as crianças montam um quebra-cabeça de tudo aquilo que elas aprenderam na escola”, diz a psicóloga Nívea Fabrício, diretora pedagógica do Colégio Graphein (SP), que ao longo de mais de 35 anos fez uma pesquisa observacional sobre o tema. “Eu percebo que elas voltam mais amadurecidas. Aquela que é mais tímida, fica mais falante, a que tem dificuldade em matemática, vem mais disposta para aprender a matéria.” Ou seja, as férias também ajudam no desenvolvimento da criança – e isso faz com que ela consiga se concentrar e aprender mais.

É muita informação

O responsável por isso é o subconsciente. Muito mais do que acontece com adultos, o subconsciente das crianças age como uma verdadeira esponja, absorvendo as informações que ela ouve e vive. É dentro dele que as coisas vão se elaborando e as peças se juntam. Mas, para que isso aconteça, a cabeça precisa de tempo, de descanso.

Segundo o pediatra Ricardo Halpern, presidente do departamento científico de pediatria do comportamento e desenvolvimento da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), as crianças recebem dois tipos de informação no dia a dia: a cristalizada, que vem da sala de aula, e a fluída ou informal, derivada de todas as outras atividades em contato com a criança ao longo do dia.

“As crianças recebem um conjunto de informações que elas não conseguem colocar em prática se não tiver um tempo livre para isso. E as férias são o momento ideal”, explica o especialista, que completa: “O brincar livre, sem horário para terminar é muito importante e altamente estimulante. É nessa hora que a criança consegue criar, aplicar o conhecimento, extrapolar o que está aprendendo na escola sem um compromisso ou pressão.”

Por isso, o alerta dos especialistas pede o bom senso dos pais. Mesmo quando as crianças não estão de férias, é muito importante que elas dediquem parte do seu dia ao descanso mental e às brincadeiras que desejarem. “Escola, inglês, futebol... uma agenda cheia de atividades no dia pode sobrecarregar e levar ao estresse. Além disso, é importante os pais perguntarem aos filhos sobre o que eles realmente desejam fazer”, recomenda Halpern.


Férias só para as crianças

Pode ter certeza que as melhores férias para os seus filhos são aquelas nas quais você está junto com eles. Mas, se você não conseguiu conciliar seu tempo de descanso com o do seu filho ou que teve de voltar ao trabalho semanas antes das aulas dele começarem, vai gostar de saber que os processos cognitivos da criança trabalham sem parar mesmo que ela fique em casa. Isso significa que passar o dia ocioso também estimula o aprendizado.

Só não vale liberar o videogame e a televisão o dia todo, o ideal é que seu filho diversifique as atividades, que podem ser a leitura de um livro, um filme no cinema ou um passeio no parque.
Quem quer deixar as crianças mais ativas nas férias e não pode recorrer aos avós, tios ou babás, existem alternativas. Combinar férias revezadas com amigos que também têm filhos pode ser bacana para o entretenimento não parar. Se as crianças forem maiores, as oficinas de arte ou cursos rápidos podem ser boas opções. Já para as crianças da educação infantil, muitas escolas disponibilizam os chamados cursos de férias, com atividades leves e variadas.

No entanto, existe uma premissa básica para um curso de férias, que o diferencia das demais tarefas realizadas pela criança em um ambiente escolar. “Ao longo do ano letivo, a criança precisa fazer as atividades propostas. O curso de férias não pode ter esse caráter obrigatório. Ele tem de ser leve, se diferenciar da rotina da criança”, explica a coordenadora pedagógica Rosa Maria Cavalcanti, do Colégio Brasil Canadá (SP), que oferece esse tipo de curso. “Se uma criança quiser ficar no parquinho em vez de ir para a aula de culinária, por exemplo, ela pode. É livre para brincar como quiser.” Como deve ser as férias, não é mesmo?



Fonte: Crescer

5 dicas para evitar que seu filho fique ansioso com a volta às aulas


Quando as crianças percebem que terão que lidar com novos professores e novos colegas, podem ter dificuldade para retornar à escola. Saiba como evitar esse trípode problema.


Ansiedade não é só coisa de adulto. Quando seu filho passa por transformações na vida, pode sofrer tanto quanto você – e um dos momentos em que isso fica mais evidente é o período que antecede a volta às aulas. Isso acontece por dois motivos. “A criança pode estar ansiosa porque não vê a hora de voltar à escola ou porque não quer voltar de jeito nenhum”, explica Rita Calegari, psicóloga do Hospital São Camilo (SP).

Segundo ela, o primeiro caso é o mais comum. A escola deve ser um ambiente agradável e divertido para seu filho, então é natural que ele queira voltar logo para lá. O ideal é que os pais tentem exercitar o “poder de paciência” da criança, conversando e dando exemplos sobre passagens de tempo (como o dia e a noite, a hora em que ela acorda e dorme, a duração de um filme) e, se preciso, ir distraindo-o com outras atividades.

O segundo caso, por sua vez, exige um pouco mais de cuidado. “Essas crises de ansiedade negativa podem ser bastante fáceis de serem controladas no início, mas, se não receberem atenção, podem originar problemas sérios”, conta a especialista. Por isso, não deve ser ignorado ou menosprezado.

Como descobrir

Independente da idade, seu filho consegue fazer uma série de relações mentais ao perceber algumas das suas movimentações dentro de casa. Quando você faz a lista do material escolar a ser comprado, coloca os uniformes para lavar ou conversa sobre o assunto com outros adultos, por exemplo, ele já pode começar a apresentar sinais de ansiedade. Se a criança for mais velha e conseguir se expressar com palavras, poderá contar a você que não está contente em retornar à escola, mas, se for mais nova e ainda tiver dificuldade para se explicar verbalmente, você deverá ficar atento a uma alguns sinais.

Observe o comportamento da criança para descobrir se houve alteração em algum padrão. Veja se ela continua dormindo e acordando em horários parecidos, se está se alimentando como de costume, se interage com outras pessoas como sempre interagiu. A ansiedade pode refletir até mesmo no organismo de seu filho, então observe sinais biológicos, como dor de barriga e mudanças no funcionamento do intestino.

Se a criança apresentar algum desses “sintomas”, pode ser que esteja com um alto grau de ansiedade. Nesse caso, os primeiros a ajudar devem ser os professores e os coordenadores da escola.

É importante observar, inclusive, se o problema está realmente relacionado à volta às aulas. “A criança reflete o clima da família. Se ela tiver algum parente doente em casa ou se os seus pais estiverem brigando muito, por exemplo, ela poderá ficar ansiosa e canalizar isso na escola. É preciso ficar atento a tudo, fatores externos também podem influenciar”, explica Rita.

E tem ainda o fato mais comum de todos: a criança pode simplesmente estar triste com o final das férias, que, muitas vezes, significa que vai ficar longe dos pais novamente.

Dicas para evitar a ansiedade

- Envolva a criança na volta às aulas. Levá-la junto na hora de comprar o material é uma boa maneira de fazer isso. Quando participa desse processo, ela começa a criar vínculos e ficará com mais vontade de estudar para usar aqueles novos cadernos e canetinhas.

- Converse com seu filho e mostre que aprender é algo positivo. Nunca use a escola como forma de ameaça, falando que vai mandá-lo para lá se ele não se comportar. A criança aprende pelo exemplo. Se os pais tiverem um bom relacionamento com a escola, os filhos também vão ter. Lembre-o de suas experiências mais marcantes, do que viveu com os amigos, brincou, conheceu.

- Se os amigos já voltaram de férias, aproveite o fim de semana e promova encontros para que a criança relembre o quanto é bom conviver com eles.

- Durante as férias, é comum mudar um pouco a rotina em casa. Dias antes de voltar às aulas, então, volte com os mesmos horários e atividades para que a mudança não seja brusca demais.

- Acalme-se você também. Não é raro os pais ficarem ansiosos com a mudança de rotina e a saudade que vai sentir do filho e acabar transferindo tudo para ele. Curta com a criança este momento e imagine o que ele vai poder experimentar e aprender neste novo ano!



Fonte: Crescer

domingo, 6 de janeiro de 2013

Doutores da Alegria

Promover a experiência da alegria na adversidade por meio da arte do palhaço é o que mobiliza a ONG Doutores da Alegria, que em 2012 atinge sua maioridade.

Reconhecida em todo o país por seu profissionalismo e atuação inovadora, a ONG mantém, desde a sua fundação, sua atividade original: as visitas periódicas dos palhaços besteirologistas às crianças hospitalizadas, que também envolvem pais e profissionais da saúde, em São Paulo, Belo Horizonte e Recife. A partir do conhecimento gerado no hospital, uma série de outras iniciativas ampliou de forma considerável a sua missão.

A este respeito, o fundador da ONG, Wellington Nogueira, costuma afirmar que “por todas as questões sociais e ambientais que permeiam a sociedade moderna, é difícil delimitar onde exatamente começa e termina o hospital - afinal, o mundo está sempre em estado de alerta”. Uma das iniciativas é a Escola, que hoje abrange o núcleo de pesquisas dedicado à linguagem do palhaço, fonte de conhecimento e aprendizado constante para os 45 profissionais de seu elenco – e o núcleo de formação, com projetos e cursos direcionados a jovens, artistas profissionais e interessados em descobrir ou aprimorar a arte do palhaço. Vale destacar o Programa de Formação para Jovens (PFPJ), que já formou cerca de 200 jovens artistas para o mercado de trabalho desde seu início, em 2004.

Também dedicam atenção a um programa de articulação chamado “Palhaços em Rede”, que conta com mais de 560 grupos cadastrados, cujo objetivo é compartilhar a experiência dos Doutores, tanto artística quanto administrativa, junto a artistas e grupos que atuam de forma semelhante em todo país. E fomentam a produção artística no Rio de Janeiro, por meio do projeto Plateias Hospitalares, que desde 2009 já levou mais de 160 apresentações artísticas a oito hospitais da rede pública no Estado do Rio de Janeiro, atingindo mais de 20 mil pessoas.

Falar em Doutores da Alegria também é falar de uma intensa produção artística, que compartilha com a sociedade o resultado dos encontros com as crianças, pais, médicos e funcionários dos hospitais. Uma produção que vai desde os Blocos Miolo e Miolinho Mole, que agitam as ruas do Recife no Carnaval, até espetáculos teatrais referendados pela crítica e que caíram nas graças do público, como “Senhor Dodói”, “Rodas Besteirológicas” e “Midnight Clowns”.

Mantida por doações de pessoas físicas e empresas há 21 anos, a ONG tem posição consolidada no terceiro setor. Possui os certificados de utilidade pública nas esferas federal, estadual e municipal, além de ser referendada por reconhecimentos importantes, como o Prêmio Criança da Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança, a inclusão na lista das 100 melhores práticas globais da divisão Habitat da Organização das Nações Unidas em três oportunidades e o Prêmio Cultura e Saúde, concedido em junho de 2009 pelo Programa Cultura Viva, iniciativa conjunta do Ministérios da Cultura e Ministério da Saúde.