Denise Fontoura

Psicóloga pós-graduada em Psicopedagogia.

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sábado, 19 de novembro de 2011

Dificuldades de Aprendizagem

Dificuldades de Aprendizagem

Dificuldade de aprendizagem, por vezes referida como desordem de aprendizagem ou transtorno de aprendizagem, é um tipo de desordem pela qual um indivíduo apresenta dificuldades em aprender efetivamente. A desordem afeta a capacidade do cérebro em receber e processar informação e pode tornar problemático para um indivíduo o aprendizado tão rápido quanto o de outro, que não é afetado por ela.


Características gerais

A expressão é usada para referir condições sócio-biológicas que afetam as capacidades de aprendizado de indivíduos, em termos de aquisição, construção e desenvolvimento das funções cognitivas, e abrange transtornos tão diferentes como incapacidade de percepção, dano cerebral, disfunção cerebral mínima, autismo, dislexia e afasia desenvolvimental. No campo da Educação, as mais comuns são a dislexia, a disortografia e a discalculia.

Um indivíduo com dificuldades de aprendizagem não apresenta necessariamente baixo ou alto QI: significa apenas que ele está trabalhando abaixo da sua capacidade devido a um fator com dificuldade, em áreas como, por exemplo, o processamento visual ou auditivo. As dificuldades de aprendizagem normalmente são identificadas na fase de escolarização, por profissionais como PSICÓLOGOS, através de avaliações específicas de inteligência, conteúdos e processos de aprendizagem.

Embora a dificuldade de aprendizagem não seja indicativa do nível de inteligência, os seus portadores têm dificuldades em desempenhar funções ou habilidades específicas, ou em completar tarefas, caso entregues a si próprios ou se encarados de forma convencional. Estes indivíduos não podem ser curados ou melhorados, uma vez que o problema é crónico, ou seja, para toda a vida. Entretanto, com o apoio e intervenções adequados, esses mesmos indivíduos podem ter sucesso escolar e continuar a progredir em carreiras bem sucedidas, e mesmo de destaque, ao longo de suas vidas.


Tipos de dificuldades de aprendizagem

Áreas de percepção envolvidas

Dificuldades de aprendizagem envolvem muitas áreas de percepção, entre as quais: 
  • discriminação visual ou auditiva;
  • percepção das diferenças em ambos as vistas ou ouvidos;
  • impedimento visual ou auditivo;
  • memória visual ou auditiva, nem a curto nem a longo prazo;
  • colocação do que é visto ou ouvido na ordem certa;
  • associação e compreensão auditiva;
  • relacionamento do que é ouvido a outras coisas, incluindo definições de palavras e significados de sentenças;
  • percepção espacial;
  • lateralidade (acima e abaixo, entre, dentro e fora) e posicionamento no espaço;
  • percepção temporal.

Fonte: Wikipédia

terça-feira, 18 de outubro de 2011

DEPRESSÃO - o que é?


Vincent Van Gogh, que sofria de depressão e cometeu suicídio,
pintou em 1890 esse quadro de um homem que emblematiza o
desespero e falta de esperança sentida na depressão.



DEPRESSÃO - o que é?

O transtorno depressivo maior é um transtorno psiquiátrico que afeta pessoas de todas as idades. Caracteriza-se pela perda de prazer nas atividades diárias (anedonia), apatia, alterações cognitivas (diminuição da capacidade de raciocinar adequadamente, de se concentrar ou/e de tomar decisões), psicomotoras (lentidão, fadiga e sensação de fraqueza), alterações do sono (mais freqüentemente insônia, podendo ocorrer também hipersonolência), alterações do apetite (mais comumente perda do apetite, podendo ocorrer também aumento do apetite), redução do interesse sexual, retraimento social, ideação suicida e prejuízo funcional significativo (como faltar muito ao trabalho ou piorar o desempenho escolar).

O transtorno depressivo maior diferencia-se do humor "triste", que afeta a maioria das pessoas regulamente, por se tratar de uma condição duradoura (a maior parte do dia, quase todos os dias, pelo menos 2 semanas), de maior intensidade ou mesmo por uma tristeza de qualidade diferente da tristeza habitual, acompanhada de vários sintomas específicos e que trazem prejuízo à vida da pessoa. A distimia é um outro tipo de transtorno depressivo caracterizado por sintomas de menor intensidade, mas com caráter bastante crônico (a maior parte do dia, quase todos os dias, pelo menos 2 anos). Ou seja, depressão não é tristeza. É uma doença que precisa de tratamento.

Prevalência

Estima-se que cerca de 15 a 20% da população mundial, em algum momento da vida, sofreu de depressão. A depressão é mais comum em pessoas com idade entre 24 e 44 anos. Dependendo do motivo pode ser dada a crianças e adolescentes como separação dos pais, problemas na escola, sexualidade, rejeição e principalmente Bullying. A prevalência-ano para a depressão maior, é de 0,4 a 3,0% em crianças e de 3,3 a 12,4% em adolescentes.

Estima-se que o risco de desenvolver depressão, ao longo da vida, seja de 10% para os homens e de 20% para as mulheres. É mais frequente em países frios.


(Fonte: Wikipedia)

domingo, 18 de setembro de 2011

TDAH - Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade


O QUE É:
O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é uma síndrome caracterizada por desatenção, hiperatividade e impulsividade causando prejuízos a si mesmo e aos outros em pelo menos 2 contextos diferentes (geralmente em casa e na escola/trabalho). Entre 3% e 6% das crianças em fase escolar foram diagnosticadas com este transtorno. Entre 30 a 50% dos casos persistem até a idade adulta. Sua causa, o diagnóstico, sua utilização para justificar mal desempenho acadêmico e o grande número de tratamentos desnecessários com anfetaminas geram polêmica desde a década de 70.

CARACTERÍSTICAS: 
O transtorno se caracteriza por frequente comportamento de desatenção, inquietude e impulsividade, em pelo menos três contextos diferentes (casa, creche, escola, trabalho...). O Dicionário de Saúde Mental atual (DSM IV) subdivide o TDAH em três tipos:
  1. TDAH com predomínio de sintomas de desatenção;
  2. TDAH com predomínio de sintomas de hiperatividade/impulsividade e;
  3. TDAH combinado. 
Segundo a OMS e a Associação Psiquiátrica Americana, o TDAH é um transtorno psiquiátrico que tem como características básicas a desatenção, a agitação (hiperatividade) e a impulsividade, podendo levar a dificuldades emocionais, de relacionamento, bem como a baixo desempenho escolar e outros problemas de saúde mental. Embora a criança hiperativa tenha muitas vezes uma inteligência normal ou acima da média, o estado é caracterizado por problemas de aprendizado e comportamento. Os professores e pais da criança hiperativa devem saber lidar com a falta de atenção, impulsividade, instabilidade emocional e hiperativa incontrolável da criança.

A criança com Déficit de Atenção muitas vezes se sente isolada e segregada dos colegas, mas não entende por que é tão diferente. Fica perturbada com suas próprias incapacidades. Sem conseguir concluir as tarefas normais de uma criança na escola, no playground ou em casa, a criança hiperativa pode sofrer de estresse, tristeza e baixa auto-estima.

CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS:

Com predomínio da Desatenção:
Caso seis (ou mais) dos seguintes sintomas de desatenção persistiram por pelo menos 6 meses, em grau mal-adaptativo e inconsistente com o nível de desenvolvimento:
  1. Freqüentemente deixa de prestar atenção a detalhes ou comete erros por descuido em atividades escolares, de trabalho ou outras;
  2. Com freqüência tem dificuldades para manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas;
  3. Com freqüência parece não escutar quando lhe dirigem a palavra;
  4. Com freqüência não segue instruções e não termina seus deveres escolares, tarefas domésticas ou deveres profissionais (não devido a comportamento de oposição ou incapacidade de compreender instruções);
  5. Com freqüência tem dificuldade para organizar tarefas e atividades;
  6. Com freqüência evita, antipatiza ou reluta a envolver-se em tarefas que exijam esforço mental constante (como tarefas escolares ou deveres de casa);
  7. Com freqüência perde coisas necessárias para tarefas ou atividades (por ex., brinquedos, tarefas escolares, lápis, livros ou outros materiais);
  8. É facilmente distraído por estímulos alheios à tarefa;
  9. Com freqüência apresenta esquecimento em atividades diárias. 
Com predomínio de Hiperatividade e Impulsividade: 
Caso seis (ou mais) dos seguintes sintomas de hiperatividade persistiram por pelo menos 6 meses, em grau mal-adaptativo e inconsistente com o nível de desenvolvimento: 
  • Hiperatividade 
  1. Freqüentemente agita as mãos ou os pés;
  2. Freqüentemente abandona sua cadeira em sala de aula ou outras situações nas quais se espera que permaneça sentado;
  3. Freqüentemente corre ou escala em demasia, em situações nas quais isto é inapropriado(em adolescentes e adultos, pode estar limitado a sensações subjetivas de inquietação);
  4. Com freqüência tem dificuldade para brincar ou se envolver silenciosamente em atividades de lazer;
  5. Está freqüentemente "a mil" ou muitas vezes age como se estivesse "a todo vapor";
  6. Freqüentemente fala em demasia.
  • Impulsividade 
  1. Freqüentemente dá respostas precipitadas antes de as perguntas terem sido completadas;
  2. Com freqüência tem dificuldade para aguardar sua vez;
  3. Freqüentemente interrompe ou se mete em assuntos de outros (por ex., intromete-se em conversas ou brincadeiras).
Critérios para Ambos:
Em ambos os casos esses critérios também devem estar presentes:

Alguns sintomas de hiperatividade-impulsividade ou desatenção que causaram prejuízo estavam presentes antes dos 7 anos de idade.
Algum prejuízo causado pelos sintomas está presente em dois ou mais contextos (por ex., na escola [ou trabalho] e em casa).
Deve haver claras evidências de prejuízo clinicamente significativo no funcionamento social, acadêmico ou ocupacional.
Os sintomas não ocorrem exclusivamente durante o curso de um Transtorno Invasivo do Desenvolvimento, Esquizofrenia ou outro Transtorno Psicótico e não são melhor explicados por outro transtorno mental (por exemplo Transtorno do Humor, Transtorno de Ansiedade, Transtorno Dissociativo ou um Transtorno da Personalidade).

Os sintomas de desatenção, hiperatividade ou impulsividade relacionados ao uso de medicamentos (como broncodilatadores, isoniazida e acatisia por neurolépticos) em crianças com menos de 7 anos de idade não devem ser diagnosticados como TDAH.
Pessoas com TDAH tem problemas para fixar sua atenção em coisas por mais tempo do que outras, interessantemente, crianças com TDAH não tem problemas para filtrar informações. Elas parecem prestar atenção aos mesmos temas que as crianças que não apresentam o TDAH prestariam. Crianças com TDAH se sentem chateadas ou perdem o interesse por seu trabalho mais rapidamente que outras crianças, parecem atraídas pelos aspectos mais recompensadores, divertidos e reforçativos em qualquer situação, essas crianças também tendem a optar por fazer pequenos trabalhos no presente momento em troca de uma recompensa menor, embora mais imediata, ao invés de trabalhar mais por uma recompensa maior disponível apenas adiante. Na realidade, reduzir a estimulação torna ainda mais difícil para uma criança com TDAH manter a atenção. Apresentam também dificuldades em controlar impulsos. Os problemas de atenção e de controle de impulsos também se manifestam nos atalhos que essas crianças utilizam, em seu trabalho. Elas aplicam menor quantidade de esforços e despendem menor quantidade de tempo para realizar tarefas desagrádaveis e enfadonhas. 

CAUSAS:
A herdabilidade estimada é bastante alta, pois 70% dos gêmeos idênticos de TDAH também possuem o mesmo diagnóstico. Quando um dos pais tem TDAH a chance dos filhos terem é o dobro, aumentando para oito vezes quando se trata de ambos pais.
  
Problemas na gravidez estão associados com maior incidência de casos mesmo quando desconsiderados outros fatores como psicopatologias dos pais.Pesquisas também têm apresentado como possíveis causas de TDAH: problemas durante a gravidez ou no parto e exposição a determinadas substâncias (chumbo). Dentre as complicações associadas estão toxemia, eclâmpsia, pós-maturidade fetal, duração do parto, estresse fetal, baixo peso ao nascer, hemorragia pré-parto, consumo de tabaco e/ou álcool durante a gravidez e má saúde materna. Outros fatores, como danos cerebrais perinatais no lobo frontal, podem afetar processos de atenção, motivação e planejamento, relacionando-se indiretamente com a doença.

Problemas familiares propiciam o aparecimento predisposto geneticamente, como uma família com muitos filhos, alto grau de brigas entre os pais, baixa instrução educacional, famílias com baixo nível sócio-econômico, criminalidade dos pais, colocação em lar adotivo ou/e pais com transtornos psiquiátricos. Tais problemas não originam tais distúrbios mas os amplificam na sua existência. Um dos possíveis motivos é que a negligencia dos pais leva as crianças a precisarem se comportar inadequadamente para conseguir atenção.
Famílias caracterizadas por alto grau de agressividade nas interações, podem contribuir então para o aparecimento desses comportamentos agressivos ou de uma oposição desafiante nas crianças perante a sociedade. Problemas de ansiedade, baixa tolerância a frustração, depressão, abuso de substâncias e transtornos opositivos são comorbidades frequentes.  

FASES DA VIDA:
História clássica de TDAH 
FASES x SINTOMAS COMUNS: 

  • Bebê: Difícil, insaciável, irritado, de difícil consolo, maior prevalência de cólicas, dificuldade para alimentar e problemas de sono. 
  • Pré-Escolar: Muito inquieto e agitado, dificuldades de ajustamento, desobediente, facilmente irritado e extremamente difícil de satisfazer. 
  • Escola Elementar: Incapacidade de se concentrar, distrações muito frequentes, muito impulsivo, grandes variações de desempenho na escola, se envolve em brigas, presença ou não de hiperatividade.  
  • Adolescência: Muito inquieto, desempenho inconsistente, sem conseguir se focalizar, problemas para memorizar, abuso de substância, acidentes, impulsividade, muita dificuldade de pensar e se planejar a longo prazo.  
  • Adulto: Muito inquieto, comete muitos erros em atividades que exigem concentração, desorganizado, inconstante, desastrado, impaciente, não cumpre compromissos, perde prazos, se distrai facilmente, não fica parado, toma decisões precipitadas, dificuldade para manter relacionamentos e perde o interesse rapidamente. (Para o diagnóstico em adultos, o TDAH deve ter começado na infância e causado prejuízos ao longo da vida). 

QUEM PODE DIAGNOSTICAR TDAH:
O diagnóstico de TDAH é fundamentalmente clínico, realizado por profissional que conheça profundamente o assunto, que necessariamente deve descartar outras doenças e transtornos, para então indicar o melhor tratamento. O termo hiperatividade tem sido popularizado e muitas crianças rotuladas erroneamente. É preciso cuidado ao se caracterizar uma criança como portadora de TDAH. Somente um médico (preferencialmente psiquiatra), juntamente com psicólogo ou terapeuta ocupacional especializados, podem confirmar a suspeita de outros profissionais de áreas afins, como fonoaudiólogos, educadores ou psicopedagogos, que devem encaminhar a criança para o devido diagnóstico.

TRATAMENTO:
O tratamento baseia-se em medicação e acompanhamento especializado, com apoio psicológico, fonoaudiológico, terapeuta ocupacional ou psicopedagógico.
Para evitar que ele se distraia, é recomendado que a pessoa com TDAH tenha um ambiente silencioso e sem distrações para estudar/trabalhar. Na escola ele pode se concentrar melhor na aula sentando na primeira fileira e longe da janela. Aulas de apoio onde ele recebe atenção melhor focalizada podem ajudar a melhorar seu desempenho. É importante que os pais e professores se focalizem em recompensar onde seu desempenho é bom, valorizando suas qualidades, mais do que punir seus erros. E nunca a punição deve ser violenta, pois isso torna a criança mais agressiva e leva ela a evitar e guardar rancor, medo, raiva da pessoa que a puniu (além de não ser eficaz em impedir um comportamento quando o agente punidor não estiver presente). Isso vale para qualquer pessoa de qualquer idade mesmo sem hiperatividade.
Famílias caracterizadas por alto grau de agressividade e impulsividade nas interações, podem contribuir para o aparecimento de comportamento agressivo, impulsivo ou de uma oposição desafiante nas crianças em diversos contextos. Nesse e em outros casos em que a família tem importante papel nos transtornos infantis, não basta medicar a criança, é necessário também que OS PAIS façam psicoterapia junto com a criança/adolescente.

COMORBIDADES:
Dos hiperativos que buscam tratamento especializado, mais de 70% possuem também algum outro transtorno, na maioria das vezes com transtorno de humor (como depressão maior ou transtorno bipolar), transtorno de aprendizagem, transtornos de ansiedade ou transtorno de conduta. Dependendo da comorbidade o tratamento medicamentoso muda e o acompanhamento psicológico se torna ainda mais necessário.

(Fonte: Wikipedia)