Denise Fontoura

Psicóloga pós-graduada em Psicopedagogia.

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domingo, 30 de dezembro de 2012

Atividades físicas podem ajudar crianças com TDAH a terem mais foco


Nova pesquisa sugere que 20 minutos de exercícios melhoram a performance cognitiva de crianças com déficit de atenção e hiperatividade.


Elas pulam, correm, brincam, sobem escadas, dão cambalhotas e mesmo assim a "pilha" não acaba. Além da agitação excessiva, não conseguem terminar as tarefas que começam, perdem o interesse rápido, são impulsivas, dão respostas antes da pergunta terminar e não conseguem esperar sua vez.

Manter o foco é o grande desafio para as crianças com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade, também conhecido pela sigla TDAH.

“A síndrome afeta o funcionamento do cérebro, mais precisamente o córtex pré-frontal, região que fica bem acima dos olhos e é responsável pela concentração”, explica Armando Ribeiro, psicólogo e coordenador do Programa de Avaliação do Estresse do Hospital Beneficência Portuguesa, de São Paulo. “Assim, é comum que as crianças que nascem com o transtorno apresentem menor rendimento na escola e dificuldades cognitivas”, diz.

O tratamento para TDAH varia de criança para criança. Muitas precisam só de terapias, outras terão de usar medicamentos também, o que será avaliado pelo especialista. Mas pesquisas recentes vêm mostrando os exercícios físicos podem ajudar a criança a melhorar sua atenção.

Um pequeno estudo da Universidade de Michigan, publicado no Journal of Pediatrics, observou os efeitos a curto prazo de uma sessão de exercícios na capacidade cognitiva das crianças.

Para isso, 20 crianças com diagnóstico ou suspeita de TDAH e 20 crianças sem a condição - todas com idades entre 8 e 10 anos e mesma renda familiar - passaram por testes de soletração, leitura e matemática em dois momentos: após 20 minutos de exercício em uma esteira e após 20 minutos de leitura.

Os resultados mostraram a influência das atividades físicas na concentração: os dois grupos tiveram melhor desempenho - ainda que sutil - após os exercícios do que depois da leitura. Nos testes, o grupo com TDAH respondeu corretamente 80% das questões após a leitura contra 84% após o exercício.

"Precisamos saber ainda quanto tempo duram os efeitos do exercício e como poderiam ser combinados com os tratamentos tradicionais para TDAH”, disse o pesquisador líder Matthew Pontifex. “Mas ficou evidente que os exercícios têm um benefício adicional na cognição", ressaltou.

Para Ribeiro, o importante é incentivar a atividade física em todas as crianças, não apenas para aquelas com sintomas do transtorno, pois o sedentarismo pode, sim, prejudicar o desenvolvimento cognitivo da criança. "As atividades físicas aceleram a frequência cardíaca e com isso há a liberação de substâncias, como a dopamina e a noradrenalina, que estão relacionadas ao aumento da atenção e da concentração", explica. E mais: "Alguns estudiosos apostam que os exercícios físicos induzem a neuroplasticidade, ou seja, o aumento de volume cerebral e capacidade do nosso cerébro de formar novas ligações entre os neurônios, fato importantíssimo para aprimorar as habilidades cognitivas”. Mais um motivo para incentivar as crianças a sairem do sofá sempre, não?



Fonte: Crescer

domingo, 23 de dezembro de 2012

40 maneiras de estimular o desenvolvimento do seu filho


Bater palmas, perguntar como foi o dia, ensinar a guardar os brinquedos. Você sabia que ações como essas ajudam as crianças a crescerem saudáveis e felizes? Reunimos ideias simples para você fazer isso na sua casa.


Você começou a acompanhar o progresso do seu filho muito antes de ele deixar o aconchego da barriga: na décima semana, o coração ficou pronto; na 24ª, ele já tinha a audição desenvolvida e escutava a sua voz; na 30ª, começou a se preparar para o parto e talvez tenha virado de cabeça para baixo! Agora que já está em seus braços, você continua ansioso para acompanhar de camarote todos os sinais do desenvolvimento do seu pequeno e treme só de pensar que ele pode ficar para trás. Bobagem! Preocupação excessiva não vai ajudar em nada, então, tire o pé do acelerador e curta cada fase. Seu filho realizará todas as conquistas fundamentais ao amadurecimento: vai aprender a andar, a falar, deixará as fraldas e, quando você menos esperar, estará andando de bicicleta sozinho (e sem rodinhas!). Só que fará tudo isso no tempo dele.

Por maiores que sejam as suas expectativas, o desenvolvimento da criança depende, sobretudo, de um fator biológico decisivo e alheio ao controle dos pais. Trata-se da amielinização, o processo de maturação das estruturas nervosas, que levam um tempo até tornarem-se aptas a transmitir impulsos nervosos. Sem que essa estrutura neural esteja preparada, não adianta forçar a barra. É sempre possível oferecer estímulo, mas sem querer apressar nada, pois isso pode, inclusive, gerar frustração. “O ritmo infantil deve ser respeitado. Sem isso, seu filho pode sofrer por ser pressionado a fazer alguma coisa que talvez ele não tenha aptidão ou ainda não esteja pronto”, explica Maria Carolina Villas Bôas, professora do Centro de Estudos Educacionais Vera Cruz, com foco na formação de professores do ensino fundamental.

Por isso, deixe de levar tão a sério os marcos do desenvolvimento, que estabelecem, por exemplo, que seu filho com 7 meses conseguirá se sentar sozinho e com 3 anos será capaz de pedalar um triciclo. Considere o que é esperado para cada idade apenas como referência. O progresso infantil não pode ser previsto com a exatidão de uma equação matemática, pois não evolui de maneira homogênea. Pode ser que a criança demore um pouco mais para dizer as primeiras palavras, mas tenha a coordenação melhor em relação aos colegas da mesma idade. Isso não quer dizer que ela terá um problema na fala. Significa apenas que, por algum motivo, ela precisará de um pouco mais de tempo.

O melhor a fazer é deixar de lado a checklist das capacidades que seu filho precisa desenvolver e brincar muito com ele, pois não há forma de estímulo mais poderosa do que o contato. Um estudo da Universidade da Pensilvânia, EUA, confirmou esse fato. Acompanhando 64 crianças desde o nascimento até os 20 anos de idade, pesquisadores constataram que aqueles que, além de terem brinquedos e livros disponíveis, recebiam atenção dos pais possuíam um QI mais alto quando adultos. As crianças só vão se desenvolver a partir do momento em que perceber a necessidade de interagir. Em outras palavras, podemos dizer que é a vontade de se relacionar com outros seres humanos que vai despertar o desejo de se comunicar, se movimentar e expressar o que sente.

Para aproveitar ao máximo – e sem exageros – os momentos de interação entre você e o filho, CRESCER listou 40 dicas que estimulam o desenvolvimento dele, divididos em quatro grandes pilares: intelectual, motor, social e emocional. Tudo sem sair da rotina ou precisar gastar uma fortuna com brinquedos. Enquanto isso, vocês fazem o que há de melhor: aprendem e se divertem juntos!


A mente em expansão

O intelecto se abre para novos aprendizados: criatividade, lógica, capacidade de improvisação, processos sequenciais. A linguagem se desenvolve enquanto a fantasia e a realidade se dissociam

1 - Todo dia, tudo igual
Desde que nasce é bom acostumar seu filho a seguir uma rotina: estabelecer a hora do banho, de dormir, de comer. Criança gosta disso porque ajuda a formar uma sequência entre os acontecimentos diários, permitindo que ela possa se organizar. Além disso, a rotina está associada a hábitos saudáveis, que são importantes para o crescimento – como ter oito horas de sono e comer direito.

2 - Arco-Íris
O bebê começa a perceber as cores por volta dos 3 meses, quando a visão já não está mais tão embaçada. Por isso, nessa idade o ideal é estimulá-lo com cores fortes, que podem estar em brinquedos ou em um móbile no berço. Eles também adoram contraste: pode reparar que não faltam listras em brinquedos infantis. Com cerca de 1 ano e meio, seu filho já começa a perceber a diferença entre uma cor e outra, ainda que não saiba nomeá-las. A partir dos 2, diga: “Vamos brincar com aquela bola azul” ou “Pegue o tomate vermelho para a salada”. Assim, as cores começam a fazer parte do dia a dia.

3 - Livro amigo
O papel dos pais é fundamental para que as crinaças amem ler – e aprendam a fazer dos livros um prazer, não uma obrigação. Segundo a última edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, para 43% dos leitores a mãe foi a principal influência no gosto por ler e, para 17%, o pai foi quem exerceu esse papel. Já a partir do terceiro mês de vida, você pode usar livros de plástico no banho. A partir do sexto, quando o bebê já consegue levar objetos à boca com as mãos, deixe livros de pano no berço – além de poder mordê-los, ele não conseguirá arrancar as páginas! Em todas as idades, fale da capa, das figuras, deixe que a criança vire as páginas, ou seja, estimule ao máximo que ela interaja com esse companheiro. Com 4 anos, peça para seu filho mostrar as letras do alfabeto que conhece ou ler as palavras que conseguir. Depois de alfabetizado, aposte em histórias com muitas rimas, já que nessa fase ele já tem uma consciência fonética considerável.

4 - Para lembrar
A memória é uma forma de armazenamento do conhecimento e deve ser permeada por um contexto. Senão, vira decoreba. Comece ajudando seu filho a memorizar palavras, mostrando o objeto representado. Se vocês estão passeando na rua e cruzam com uma bicicleta, aponte e diga: “Olha, filho, uma bicicleta”. É desse modo que ele vai construindo associações. Desde o primeiro ano, ele já dirá algumas palavras e pode tentar repetir os nomes do que você mostra. Mas é a partir dos 2 anos que a capacidade de conservar informações aumenta.

5 - De improviso
Criar personagens e sonhar com mundos fantásticos. Tudo isso é importante para desenvolver a criatividade dos pequenos. Contribui, inclusive, para a resolução de problemas. Para tornar a narrativa ainda mais empolgante, que tal testar a capacidade de improviso de vocês dois? Separe figuras de objetos, paisagens, cores, alimentos e animais – podem ser desenhadas ou recortadas de revistas. Enquanto um narra, o outro seleciona algumas imagens, cujos elementos retratados devem ser incluídos na narrativa. O desafio é ser capaz de encaixá-los de modo que a narrativa continue fazendo sentido. Aos 7 anos, como a criança já está alfabetizada, você pode ajudá-la a registrar as aventuras de vocês em pequenos livrinhos.

6 - Pergunte sempre
Ao buscar seu filho na escola, você diz: “Como foi seu dia?” E ele responde: “Legal”. Não era exatamente o que você queria ouvir, certo? Para fugir das respostas genéricas, elabore as questões de maneira que a criança precise expressar o que pensa e justificar sua resposta. Pergunte: “O que você fez de mais legal na escola hoje?”. E ela será obrigada a desenvolver um raciocínio mais elaborado, exigindo que trabalhe habilidades linguísticas e lógicas. Aos 3 anos, já consegue relatar experiências pelas quais passou e dizer se foram boas ou ruins. Aos 4, você pode perguntar por detalhes, descrições e nomes dos colegas que estavam com ela.

7 - Bendita dúvida
“Por que cachorro não come pizza?”, “É verdade que a vovó já foi criança?” Ainda que os questionamentos infantis possam desconcertar – e até constranger – os adultos, eles são essenciais para a compreensão de mundo da criança. Principalmente no que diz respeito ao processo de distinção entre real e imaginário (que ocorre por volta dos 4 anos) e da construção de relações entre os elementos conhecidos. Por isso, os “porquês” são muito bem-vindos no seu processo de desenvolvimento. Ainda que você não saiba responder a tudo o que o seu filho pergunta, mostre que a dúvida dele é pertinente e reconheça quando não souber a resposta.

8 - Feio ou bonito?
O senso estético precisa ser desenvolvido aos poucos. Para incentivá-lo, comece separando duas ou três combinações de roupa e peça para a criança escolher entre elas na hora de se vestir. Com 2 anos, ela já pode dizer o que prefere. A partir dos 5, deixe que pegue sozinha o que quer vestir e, mesmo que alguns ajustes sejam necessários, tente manter o conceito que ela criou, preservando, por exemplo, a cor.

9 - “Falta muito?”
A partir dos 5 anos, a criança começa a adquirir uma noção mais elaborada da passagem do tempo. Para ajudá-la nesse processo de construção de linearidade, utilize um calendário para marcar datas importantes. Acompanhe com o seu filho quanto falta para cada evento, deixando-o riscar com um giz cada dia que passa. A partir dos 7 anos, a noção temporal pode evoluir para o conceito de hora. Comece a associar o fato de o relógio marcar meio-dia com a hora do almoço, por exemplo, mostrando a posição dos ponteiros.

10 - Brincar, guardar, brincar
Enquanto seu filho brinca, insista para que ele se envolva em um jogo por vez, o que contribui para a concentração. Não quer mais jogar boliche? Hora de colocar os pinos na caixa para só depois começar uma brincadeira nova. A partir dos 2 anos, seu filho pode ajudar a guardar o brinquedo que estava usando antes de pegar um novo, assim, ele desenvolve também o senso de organização.


O motor do crescimento

Conforme seu filho se desenvolve, a consciência do próprio corpo, o equilíbrio e a agilidade aumentam. Para ajudar nesse processo, A ordem é fortalecer a musculatura

11 - Ginástica labial
É fundamental para o desenvolvimento da fala fortalecer os músculos faciais envolvidos na emissão dos sons. A força que o recém-nascido faz na amamentação, sugando o leite da mãe, já contribui para trabalhar essa área. Se ele precisar de mamadeira, prefira as de bicos ortodônticos. Além de ser mais anatômico e confortável, o furo para a saída de leite é menor. Assim, o bebê é obrigado a aplicar mais força para a sucção, como fazia no peito, o que fortalece os músculos da região facial.

12 - De barriga para baixo
Seu filho começa a fortalecer o corpo entre o primeiro e o sexto mês. Como o desenvolvimento motor grosso (que envolve as atividades dos grandes músculos, como sentar e andar) se dá no sentido céfalo-caudal (da cabeça para os pés), o primeiro passo é fortalecer a musculatura do pescoço. Já a partir do primeiro mês, deixe seu filho ao menos dois períodos por dia apoiado de barriga para baixo em uma superfície plana e firme. Desse modo, o bebê pode se apoiar com segurança e levantar a cabeça. Aos 6 meses, ele vai começar a se sentar sozinho. Arrume várias almofadas ao redor dele para ajudá-lo a se firmar.

13 - Menos colo, mais chão!
É claro que o aconchego é uma delícia e você tem vontade de ficar com seu bebê o mais perto possível a maior parte do tempo. No entanto, permitir que os pequenos se movam livremente é fundamental a partir dos 6 meses. Isso porque, normalmente, as crianças que têm um desenvolvimento motor superior são as que não ficam tanto tempo no colo.

14 - Clap, clap, tum, tum
Um dos melhores jeitos de desenvolver a coordenação motora é ensinar ritmo ao seu filho. Para isso, basta utilizar as mãos. A partir do sétimo mês, bata palmas com ele ao som das músicas favoritas de vocês, intercalando canções lentas com outras aceleradas, para que ele possa perceber a diferença.Você vai ver que seu bebê conseguirá bater as mãozinhas – ainda que de um jeito meio desengonçado!

15 - Lápis e papel à mão
A arte é sempre uma importante aliada do desenvolvimento. Perto dos 14 meses, seu filho é capaz de segurar o lápis e fazer traços. A folha representa uma área que a criança não pode ultrapassar enquanto rabisca. Por isso, esse exercício ajuda a desenvolver a noção de espaço. Fique ao lado dele e explique por que não se deve extrapolar a fronteira do papel, mostrando os limites da folha que devem ser respeitados.

16 - Tudo cabe
A partir dos 7 meses, o bebê começa a segurar objetos e, por volta de 1 ano e meio, já pode começar a fazer encaixes. Além de ser um bom exercício para a coordenação, trabalha também a parte visomotora – ou seja, por meio da visão, a criança tem a noção de qual peça caberá dentro da outra. Para que seu filho se divirta e aprenda com o tira e põe, ele pode brincar com panelas e canecas plásticas enquanto você prepara o almoço. A partir dos 2 anos e meio, também ofereça quebra-cabeças pequenos (cerca de seis peças).

17 - Degrau por degrau
Subir escadas é um ótimo exercício para desenvolver a agilidade e a coordenação motora grosseira, além de auxiliar no fortalecimento da musculatura. Com 1 ano de idade, a criança já consegue executar a atividade, mas ainda colocando os dois pés no mesmo degrau, um de cada vez. Com o crescimento, vai ganhando força e equilíbrio até que, perto dos 3 anos, provavelmente subirá colocando um pé em cada degrau alternadamente. Ainda nessa fase é indispensável que ele esteja acompanhado de um adulto nesses momentos, para evitar acidentes.

18 - Poder da massa
As massinhas auxiliam na coordenação motora fina, pois possibilitam que a criança realize uma série de movimentos elaborados relacionados à pinça (formada na junção do polegar com os outros dedos da mão). A partir dos 2 anos, você já pode ajudá-lo a fazer bolinhas, bonecos, a esticar a massa e apertá-la... Só fique atento para que os menores não confundam a massa com o lanche, pois ela não pode ser engolida.

19 - Pular amarelinha
A partir dos 2 anos e meio, seu filho já é capaz de dar saltos com os dois pés juntos dentro dos dez quadrados que separam o céu do inferno. Assim, ele trabalha a noção de espaço, ao seguir as linhas traçadas no chão, e o equilíbrio. Por volta dos 4 anos, aprenderá a pular em um pé só. Mesmo antes disso, você pode incentivá-lo a tentar, segurando a sua mão. A partir dos 6, aumente o grau de dificuldade da brincadeira: ele terá de desviar de mais quadrados ou chegar até o outro lado em menos tempo.

20 - “Eu coloco sozinho!”
Aos 2 anos, seu filho começa a tentar se vestir sem ajuda, o que é ótimo para desenvolver a coordenação motora fina. Dê uma mãozinha selecionando calças com elástico, camisetas com a gola mais aberta e tênis com fechos de velcro. Com o ato de se vestir, ele também percebe a importância da sequência lógica – precisa, por exemplo, calçar a meia antes do sapato. Com 6 anos, já estará abotoando e desabotoando casacos como um adulto e até conseguirá amarrar os cadarços sem ajuda.


Parte do conjunto

Ter um lugar na família, ser aluno em uma sala de aula, pertencer a um grupo de amigos. tudo isso ajuda no desenvolvimento social, conservando a individualidade da criança

21 - Barulhão do bem
Ninguém gosta do som estridente da sirene de uma ambulância – muito menos um bebê, que ainda não entende o que esse ruído representa. No entanto, os sons estranhos fazem parte da diversidade do mundo e crescer é aprender a conviver com isso. Não tenha medo de expor a criança a barulhos fortes de vez em quando, desde que você mostre para ela o que está produzindo esse som. Assim, ela aumenta cada vez mais o seu repertório e percebe que não há motivo para se assustar.

22 - Vamos dividir?
É natural da criança a partir de 1 ano e meio achar que tudo é dela. Por isso, a melhor maneira de domar esse egoísmo inato é apresentar situações em que ela precise aprender a dividir – e nada melhor do que a hora de comer para exercitar a partilha. Quando receber os amigos do seu filho em casa, ou mesmo entre irmãos, sirva alimentos que podem ser consumidos a partir de uma vasilha comunitária, como pipoca, cenouras tipo baby e gomos de mexerica. Deixe as crianças decidirem o lugar em que a vasilha vai ficar ou quem vai segurá-la.

23 - Regras da vida
Seu filho vai conviver com muitas normas durante a vida: no trânsito, no trabalho, nas relações sociais. Por isso, é bom que ele se acostume aos pequenos imperativos do cotidiano desde cedo. A partir dos 2 anos, a criança já pode colocar a própria roupa suja no cesto, por exemplo. Aos 5, levar o próprio prato para a pia, e aos 8, ela já sabe que deve arrumar o quarto.

24 - Cooperativa S.A.
Mesmo que os pais desenvolvam tarefas em conjunto com os filhos, crianças se saem melhor quando interagem com outras crianças. Por isso, nada melhor do que atividades em grupo para que elas possam brincar (e aprender!) juntas. Pular corda, coisa que as crianças conseguem fazer por volta dos 4 anos, pode ser uma ótima chance de trabalhar em equipe: enquanto duas batem a corda, as demais se revezam para pular. Para definir os papéis a cada rodada, é essencial respeitar a vontade e o direito do outro. Se todas só quiserem pular, a brincadeira não vai para frente.

25 - Entre amigos
Algumas crianças são mais falantes e extrovertidas, outras ficam com as bochechas coradas só de ouvirem o próprio nome. Tudo bem, cada uma tem um temperamento diferente e não há nada de errado com isso – desde que não esteja atrapalhando a vida social do seu filho. Um estudo da Universidade de Miami (EUA) revelou que a timidez excessiva pode até prejudicar o desempenho escolar das crianças, pois impede que estejam plenamente engajadas nas atividades. O ponto-chave é que, para interagir, qualquer pessoa precisa de segurança. Por isso, um bom começo é estimular que a criança conviva desde pequena e com frequência com gente conhecida, como primos e filhos de amigos. É a partir dos 4 anos que seu filho vai buscar brincar com outras crianças em pequenos grupos.

26 - “Ninguém me chamou”
Seu filho de 4 anos chega chateado da escola porque todo mundo foi convidado para o aniversário de um amigo, menos ele. Assim como seu filho não é tão querido por um colega, ele também não gosta de todo mundo da sala da mesma maneira. E não há problema com isso, desde que não falte respeito. Para que a rejeição não tenha um peso tão grande, incentive o seu filho a cultivar núcleos de amigos diferentes: na praia, no parquinho, no futebol. Assim, quando ele não se encaixar em uma turma, não vai ser o fim do mundo.

27 - Tente outra vez
Põe o dedo aqui quem gosta de ganhar! Todo mundo, lógico. Mas perder acontece. A derrota não deve ser encarada como um fracasso e sim como uma oportunidade de identificar os erros e se preparar melhor para superar o desafio. Por isso, incentive seu filho a tentar outra vez quando ele não for o campeão da partida e desvie o foco do resultado final para os momentos divertidos da brincadeira. A partir dos 6 anos, jogos de tabuleiro podem ajudar seu filho a desenvolver um espírito de competição saudável.

28 - Histórias do mundo
Você sabia que existe uma variação africana da história da Cinderela? Chama-se As Belas Filhas de Mufaro e conta a história das irmãs Manyara e Nyasha, escrita pelo americano John Steptoe, premiado autor de livros infantis. Compartilhar com o seu filho contos de diversos lugares pode mostrar a ele que, por maiores que sejam as diferenças culturais, os valores são os mesmos e os seres humanos continuam escrevendo sobre amor, alegria e tristeza em todas as partes do mundo. Depois de ouvir a história, que tal encená-la utilizando bonecos de cores de pele distintas, com vestimentas de materiais diferentes? Comente sobre a variedade de cores, formatos, texturas e tamanhos e ressalte o que cada um dos bonecos tem de mais interessante. Esse exercício é bom principalmente depois dos 7 anos, quando a criança já faz referência a estereótipos e preconceitos.

29 - Brincadeira reciclável
Embalagens de alimentos costumam ser chamativas e atraentes, o que, logo de cara, pode despertar a curiosidade do seu filho. A partir dos 2 anos, ele tentará imitar atividades domésticas, então, peça ajuda para encher o saco de lixo reciclável – depois que as embalagens já estiverem lavadas, claro! – e explique que tudo o que vocês estão ensacando será transformado em novos objetos, em vez de parar na natureza.



30 - Cuidar é animal
Uma pesquisa do Instituto Max Planck revelou que crianças a partir de 3 anos já são capazes de se solidarizar com reclamações de pessoas próximas, procurando oferecer algum conforto a elas. Uma maneira de possibilitar que seu filho desenvolva esse “tomar conta” é trazer para a família um novo integrante – e não estamos falando de outro bebê! Com um animal de estimação, a criança aprende a zelar pelo outro, seja levando-o para passear ou ajudando a encher a tigela de ração. A partir dos 7 anos, ela pode ser responsável por algumas tarefas que envolvem seu novo amigo (que pode ser um peixe, um cachorro, uma calopsita...), mas ainda não tem condições de cuidar dele sozinho!


Sentimentos pulsantes

Medo, alegria, ciúme, raiva, ternura. Aos poucos, a criança aprende a reconhecer as próprias emoções, expressá-las e lidar com o que sente de maneira construtiva

31 - Frio na barriga
Aos 7 meses, seu filho começa a sentir medo na presença de estranhos, aos 8, teme quando os pais não estão por perto e, aos 9, sofre de ansiedade pela separação. Mostre que, mesmo que você saia para trabalhar, vai voltar. Uma boa ideia é oferecer um objeto que substitua a presença da mãe (pode ser um bichinho de pelúcia ou um paninho). Dos 2 aos 6 anos, crianças podem ter pesadelos, medo de bruxas e fantasmas. Como o medo é irracional, nem sempre pode ser combatido com uma explicação lógica, você pode recorrer a soluções “mágicas”. Acenda um abajur espanta bruxas ou coloque meias que manterão os fantasmas bem longe! Permita que seu filho manifeste seus temores, por exemplo, desenhando ou encenando situações que fazem as pernas tremerem.

32 - De olhos fechados
Estabelecer relações de confiança é importante para o desenvolvimento da criança. E as primeiras pessoas com quem ela faz isso são os pais. Para isso, um fator é essencial: jamais mentir. Se a criança vai ao médico para tomar uma vacina, nem pense em dizer que vocês vão apenas a um passeio. Se ele perguntar se a injeção vai doer, seja sincero e diga que vai, sim, mas vai passar. Os especialistas estão todos de acordo: desde bebê, explique tudo. Fale que vai molhar, que vai doer, que vai estar frio, assim seu filho sabe o que o espera e acredita no que você diz.

33 - “Mas eu queeeeero!”
Se jogar no chão, chorar até perder o fôlego, gritar: não é difícil reconhecer quando seu filho tem um ataque de birra. Normalmente, ele faz isso para tentar conseguir o que quer – e faz parte do crescimento entender que nem tudo vai obedecer à vontade dele. Nessas horas, a palavra de ordem é: calma! Coloque a criança no colo e diga que você está triste, que não gostou do comportamento dela e que, por isso, o passeio acabou. De acordo com um estudo brasileiro, 54% dos pais usam a conversa para estabelecer limites. É importante se manter firme depois de dizer “não”, porque, se você ceder, ele vai achar que esse é um bom método para fazer você mudar de ideia, mesmo que ainda tenha menos de 1 ano de idade.

34 - Por conta própria
A partir dos 2 anos, já dá para deixar seu filho responsável por carregar sua própria mochila ou levar seu casaco. Não se trata de obrigar a criança, mas sim de possibilitar que ela vá experimentando e conquistando autonomia. Assim, a criança aprende a ter responsabilidade sobre o que é seu.

35 - Em construção
Brinquedos de empilhar podem ajudar seu filho a desenvolver o autocontrole. Desde os 2 anos, ele já consegue amontoar três blocos, um sobre o outro. As crianças ficam superorgulhosas em ver os blocos coloridos chegando cada vez mais alto, mas a gente sabe que essa obra-prima da engenharia não vai durar muito tempo. É compreensível que o seu filho se irrite por ver tanto esforço perdido quando a torre incrível que construiu se estatelar no chão. Nessa hora, tente acalmá-lo, dê um abraço apertado e o encoraje a começar outra vez.

36 - Falar de sentimentos
Seu filho vai enfrentar diversas situações frustrantes, como ter de esperar a comida ficar pronta ou não poder sair para brincar por causa da chuva. Seu papel é ajudá-lo a expressar o que está sentindo, para aprender a lidar com as próprias reações. Uma dica é inventar uma história em que haja uma situação similar à vivida. Aos 3 anos, a criança usa palavras para expressar emoções, então, crie “falas” que transmitam o que ela (ops!) o personagem está sentindo. Para os maiores, entre 7 e 8 anos, uma boa ideia é dar de presente um diário, para que eles registrem tudo o que pensam de si mesmos e do mundo. Com essa idade, as crianças começam a reconhecer seus próprios sentimentos e, por vezes, preferem não compartilhá-los com os pais. Mas ainda assim, não desista de perguntar, observe e mostre que você se importa.

37 - Fora do ninho
Dormir fora de casa contribui para o desenvolvimento da independência da criança e é importante para ela perceber que possui tal autonomia. Autorizar ou não o programa depende do quanto você conhece a família anfitriã e, claro, do principal: o seu filho quer ir? Se ele estiver hesitante, não insista. Ele pode não estar pronto. Por volta dos 5 anos, os convites começarão a surgir e ele já terá condições de passar uma noite longe da própria cama.

38 - Foi sem querer
Sua filha de 5 anos está arrumando meticulosamente sua coleção de bonecas no sofá, quando o irmão mais novo chega e derruba tudo. Ela vai ficar furiosa! Isso acontece porque entre os 2 e os 7 anos, a criança julga os atos dos outros pelas consequências e não pela intenção com que eles foram praticados – esse é o motivo de tantos desentendimentos entre os pequenos! Mostre que a outra criança não teve a intenção de agir assim, reforce que não foi de propósito e ajude-a a remendar o estrago.

39 - Aprendendo a esperar
A fila da montanha-russa ou para encontrar o Papai Noel é uma ótima chance do seu filho (e de você também) exercitar a paciência. Nesses “intervalos”, cantar, imitar movimentos e inventar brincadeiras com palavras podem ser boas ideias para o seu filho aprender a esperar a vez sem se aborrecer. A partir dos 6 anos, quando as crianças já dominam os sons e têm maior consciência gramatical, trava-línguas podem ser uma boa ideia para o tempo passar mais depressa.

40 - Reforce o lado bom
Manere na hora de censurar as crianças, principalmente os menores. Segundo um estudo da Universidade de Leiden, na Holanda, crianças de até 8 anos aprendem com os elogios, mas não absorvem críticas. Parabenize seu filho quando ele for bom em alguma coisa, incentivando-o a continuar. Se dar bronca for realmente necessário, preste muita atenção à maneira de fazê-lo. Dizer “como você é malcriado” é bem diferente de falar “como você está malcriado”! Não deixe a criança pensar que o traço criticado faz parte da personalidade dela, assim, não vai incorporar essa característica à sua autoimagem.



Fonte: Crescer

sábado, 22 de dezembro de 2012

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Rivalidade entre irmãos na infância pode pode torná-los adultos antissociais


Pesquisa mostra que irmãos que se veem como parte de uma equipe (e não como concorrentes) têm mais autoconfiança, autocontrole e menos problemas emocionais - fatores que influenciam na saúde e bem-estar emocional no futuro.


Quem tem mais de um filho sabe muito bem a facilidade com que a sala de casa pode se transformar em um campo de batalha. As brigas entre irmãos são normais, mas quando as tensões se tornam constantes e transformam a vida familiar em uma guerra, tudo o que queremos é uma solução mágica para fazer as crianças se darem bem. Afinal, que mãe não deseja que seus filhos se tornem grandes amigos? Segundo uma nova pesquisa, realizada pela universidade americana Penn State, o relacionamento entre eles enquanto crianças pode influenciar o tipo de adulto que irão se tornar.

O estudo, publicado no Journal of Adolescent Health (Jornal da Saúde do Adolescente), mostrou que irmãos que estão na escola primária e que convivem em harmonia têm mais chances de terem boa saúde e bem-estar emocional no futuro.

"Os relacionamentos negativos entre irmãos estão ligados a comportamentos agressivos e antissociais no futuro", disse Mark Feinberg, professor e pesquisador da universidade, na divulgação do estudo, que tomou como base pesquisas anteriores que também já alertaram sobre isso. "Por outro lado, as relações positivas estão ligadas a todos os tipos de ajuste social, incluindo qualidade no relacionamento romântico, adaptação e sucesso acadêmico, saúde e bem-estar mental.”


O estudo

Para comprovar os benefícios do bom relacionamento entre irmãos, os pesquisadores entrevistaram e gravaram as interações de 174 famílias com dois filhos, sendo um sempre na quinta série (11 anos) e outro na segunda (8 anos), terceira (9 anos) ou quarta (10 anos). Além disso, cada um dos irmãos foi ouvido separadamente e a equipe os filmou enquanto tentavam planejar uma festa juntos.

As famílias foram então divididas aleatoriamente em dois grupos: o grupo de intervenção e o grupo de controle. O grupo de intervenção foi submetido a um programa chamado SIBlings Are Special (algo como irmãos são especiais), no qual os irmãos deviam participar de sessões que envolviam jogos, atividades artísticas e discussões que ensinavam como se comunicar de maneira positiva, resolver problemas, chegar a soluções onde os dois lados saíam ganhando e se enxergarem como parte de uma equipe, e não como concorrentes.

O programa também incluía três noites de “diversão em família", em que as crianças tiveram a oportunidade de mostrar aos pais o que eles estavam fazendo nas sessões. "Nós descobrimos que os irmãos que foram expostos ao programa mostraram mais autoconfiança, controle social, melhor desempenho na escola e menos problemas emocionais", disse Feinberg.

E até os pais tiveram benefícios com a melhora do relacionamento entre as crianças. "As mães do grupo de intervenção relataram menos sintomas depressivos do que as mães do grupo de controle. Acredito que isso ocorreu porque seus filhos estavam se saindo bem nas atividades diárias e elas ficavam menos preocupadas com eles”, relatou o pesquisador.

Feinberg acredita que, ao incentivar os irmãos a se sentirem parte de uma equipe e dar-lhes ferramentas para discutir e resolver problemas, os pais ajudam seus filhos a desenvolver relações positivas para o resto da vida.

Mas o que significa isso na prática? "Por exemplo, se as crianças estão brigando por causa do canal de televisão, a sugestão é que os pais não resolvam o problema por conta própria, mas que ensinem seus filhos como discutir e resolver problemas entre eles. Isto os ajudará a pensarem em soluções no futuro de forma sociável", explica.


Irmãos parceiros

E por que, afinal, os irmãos brigam? “Em geral, a rivalidade nada mais é do que uma competição pelo amor e atenção dos pais. Por isso, sempre digo que a vinda de um irmão é um presente, pois é por meio deste relacionamento que a criança aprenderá a compartilhar, a perder e ganhar, a lidar com frustrações e limites. Em outras palavras, exercitar desde cedo o convívio social”, explica Cristiane Pertusi, psicoterapeuta de família e casal.

Segundo a profissional, a família é como se fosse um pequeno laboratório para o que é a vida em sociedade e as interações entre irmãos são uma maneira de desenvolver várias competências para a vida, como a tolerância e a amizade. Se nos damos bem dentro do ambiente familiar, estaremos mais preparados para nos relacionar lá fora.

A jornalista britânica Sacha Baveystock, autora do livro Foi ele que começou, mãe! (Ed. Gente), compartilha a mesma opinião em sua obra: "Os bons relacionamentos entre irmãos também podem ajudar a estabelecer as bases para outros relacionamentos, ao nos ensinar como respeitar o ponto de vista dos outros. Os irmãos estão constantemente observando-se e aprendendo com isso, usando a competição que existe entre eles para desenvolver capacidades e habilidades que eles podem aplicar em suas relações interpessoais”.

Mas muitos pais acabam não sabendo como lidar com as desavenças e até pioram o problema da rivalidade, querendo que um filho se espelhe no bom comportamento e conquistas do irmão. “Em vez de comparar, os pais devem exaltar as diferenças e particularidades de cada irmão como algo positivo, como habilidades que podem ser complementares e que, se eles as somarem, serão melhores juntos”, diz Cristiane. Uma união para a vida toda!


Na hora da briga

Mãe de três filhos, Sacha aprendeu na marra a resolver brigas entre irmãos. Aqui, 3 dicas que estão em seu livro para ajudar você a lidar com esse momento que faz parte da vida de quem tem mais de uma criança em casa:


Identifique os sentimentos

O relacionamento entre irmãos pode ser uma montanha-russa, oscilando entre amor, ódio, raiva e ciúme. Eles são capazes de eestar de bem e de mal com incrível velocidade. Com frequência, precisam de ajuda para identificar seus sentimentos. Foi assim com meu filho. Ele estava furioso com a irmã porque foi excluído de uma brincadeira. "Você sabe que, se estiver com raiva, pode fazer um desenho ou escrever como se sente", arrisquei. Ficamos em silêncio e sua raiva pareceu se dissolver.


Exercite habilidades de negociação

Às vezes, penso que meus filhos nunca vão chegar a um acordo sobre o que devemos fazer quando estamos juntos. Um quer ir ao parque, outro quer jogar tênis. Ninguém quer ceder. As reuniões de família garantem que todos sejam ouvidos.


Estimule as brincadeiras

Parece haver alguma verdade no ditado: "Família que brinca unida, permanece unida". Apesar da fascinação das crianças pelos jogos eletrônicos, procuro limitar esse tipo de jogo. Com os aparelhos desligados e um tempo maior em que nada está acontecendo, eles são levados a brincar juntos.



Fonte: Crescer

sábado, 24 de novembro de 2012

Depressão na Gravidez


O período pode trazer complicações psicológicas.

Normalmente, vemos a gravidez como um período de felicidades. Historicamente, as pessoas têm em mente que os hormônios da gravidez protegem a mulher da depressão criando um período de euforia e bem estar. É verdade que muitas mulheres sentem-se ótimas durante os nove meses de gestação, mas pesquisas recentes apontam que a gravidez também pode ser um período de vulnerabilidade emocional.
O Congresso Americano de Obstetra e Ginecologia (ACOG) estima que 14 a 23% das mulheres têm registro de depressão durante a gestação - normalmente, as mulheres têm um risco 70% maior de desenvolver a doença do que os homens. Segundo artigo da revista americana Babble, não há uma única causa para o desenvolvimento da depressão na gravidez, é uma mistura de fatores químicos, psicológicos e ambientais, como histórico familiar.
Conheça os sinais
É normal que a mulher sinta-se cansada, triste ou preocupada sobre o futuro durante a gravidez. Entretanto, se você experimenta uma combinação dos sintomas a seguir, pode estar passando por algo mais intenso que um período de adaptação a gravidez.
- Tristeza por muitos dias da semana;
- Dificuldade de concentração;
- Dormindo muito ou pouco;
- Comendo muito ou pouco;
- Perdendo o interesse em coisas que costumava gostar;
- Pensamentos recorrentes de morte, suicídio ou falta de esperança;
- Ansiedade ou irritabilidade;
- Sentimento de culpa ou inutilidade.
Se isso te soa familiar e interfere no seu dia a dia, é importante procurar ajuda.

A depressão pode afetar meu bebê?
Seu estado emocional e psicológico é importante para você e para as pessoas a sua volta, além de ser bastante relevante para o bebê. Quando você se sente mal, há menores chances de haver um cuidado consigo mesma – como mudanças no apetite e falta de cuidados com a saúde. Pesquisas ainda apontam que depressão ou ansiedade durante a gestação estão associadas a perda de peso do bebê ou nascimento prematuro.

Cuidados
O primeiro passo é entrar em contato com um psicólogo ou com um psiquiatra. Existem clínicas especializadas no tratamento de mulheres grávidas. Se você já estiver sendo acompanhada por um terapeuta, diga a ele seus problemas para que possa ser encaminhada a um especialista no assunto.
Este acompanhamento será ainda mais importante se houver a necessidade de uso de medicamentos. Um psiquiatra especializado em saúde da mulher pode dizer qual o melhor benefício e menor risco de cada medicamento.


Fonte: Pais & Filhos

sábado, 8 de setembro de 2012

Usar computador faz bem à saúde mental dos idosos


Estudo mostrou que, em um período de oito anos, homens que tinham o hábito apresentaram menor risco de serem diagnosticados com demência


Utilizar o computador pode ajudar os idosos a reduzir a perda de memória e a diminuição da capacidade de raciocínio e de aprendizado que ocorrem naturalmente com a idade. Em um estudo publicado na edição desta semana do periódico PLoS One, os especialistas concluíram que homens mais velhos que têm esse hábito apresentam menor risco de desenvolver demência em um período de oito anos.

De acordo com o autor do estudo, o brasileiro Osvaldo Almeida, trabalhos anteriores já haviam indicado que atividades que estimulam a mente, como leitura e palavras cruzadas, por exemplo, diminuem o risco de demência, mas havia poucas evidências sobre os reais efeitos do uso prolongado dos computadores. Essas conclusões fazem parte de uma série de pesquisas que vêm sendo feitas desde 1996 na universidade, a partir dos dados de 19.000 homens.

O estudo selecionou 5.506 desses participantes com idades entre 65 e 86 anos, que foram acompanhados ao longo de oito anos. Os resultados dessa pesquisa indicaram que os homens que utilizavam frequentemente o computador, em comparação com aqueles que nunca o faziam, apresentaram um risco até 40% menor de serem diagnosticados com demência no período em que o estudo foi realizado.  

"Com o envelhecimento da população mundial, o número de pessoas com declínio cognitivo deve aumentar para 50 milhões até 2025", afirma Almeida. "Porém, se as nossas estatísticas estiverem corretas, o aumento do número dos casos de demência nos próximos 40 anos não será tão dramático quanto o atual." Para o pesquisador, esses resultados devem incentivar os homens mais velhos a adotarem o uso do computador no dia-a-dia, mas sem se esquecerem dos prejuízos à saúde de períodos prolongados de sedentarismo e das vantagens de exercitar-se.

  

"Os computadores ajudam a preservar os laços familiares e sociais"


Osvaldo Almeida 
professor da Escola de Psiquiatria e Neurociência Clínica e diretor de pesquisa do Centro de Saúde e Envelhecimento da Universidade de Western Australia, em Perth



Que tipo de programas os idosos estudados utilizaram?

As atividades desenvolvidas pelos idosos, acompanhados pelo nosso estudo por até 10 anos em alguns casos, consistiram, em sua maioria, em navegar na internet e mandar emails. Não usamos programas voltados para o aperfeiçoamento da memória — na verdade avaliamos o uso cotidiano e a comunicação com familiares. Aliás, estudos anteriores nos quais os idosos usavam programas para melhorar a memória mostraram ter efeitos negativos.


Como os computadores podem melhorar a saúde mental dos idosos?

Não podemos ter certeza, mas supomos que os computadores ajudam a preservar os laços familiares e sociais (pelo uso, por exemplo, de programas como Skype e similares). Eles também facilitam a estimulação cognitiva diária por meio da leitura de notícias, fatos históricos, gerenciamento das finanças, e atividades do gênero. Quando os computadores são utilizados dessa forma "sistêmica" eles podem se tornar uma fonte robusta de estimulação cognitiva que ajuda a realçar a reserva cognitiva e, consequentemente, retardar problemas de memória ou em outros processos mentais.  



Fonte: Veja Online

domingo, 5 de agosto de 2012

Novo Consultório: Agora também no Barreto.


DENISE FONTOURA
Psicóloga e Psicopedagoga

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sábado, 4 de agosto de 2012

ALZHEIMER e as Fases da Doença


Alzheimer é uma doença neurológica que afeta o Sistema Nervoso Central devido à progressiva degeneração dos neurônios, afetando sobremaneira o raciocínio e o comportamento do portador.  A doença é classificada em fases: Inicial, Intermediária e Avançada ou Terminal. A distinção destas fases é importante, pois é a partir deste conhecimento que o profissional da saúde poderá adequar o tratamento, bem como, a intervenção junto aos familiares e cuidadores, considerando as necessidades do portador.
Fase Inicial: é de difícil identificação, pois, normalmente, a doença já está instalada e não foi diagnosticada devido à dificuldade de reconhecimento dos sintomas pelos familiares e pelo próprio paciente. Inicialmente acredita-se que se refere ao declínio cognitivo normal da velhice ou um alto nível de estresse quando o portador não é idoso.
Os sintomas observados na fase inicial apresentam as seguintes características: perda de memória recente - geralmente lapsos que não interferem significativamente no cotidiano do indivíduo. Em alguns casos, o próprio paciente percebe que anda esquecido, mas acredita ser devido à idade, não dando a devida importância para o fato. Porém, com o tempo, estes esquecimentos aumentam comprometendo a autonomia na realização de determinadas tarefas, motivando a procura de ajuda profissional. Normalmente, a iniciativa de buscar um especialista é tomada por um familiar próximo que percebe a incoerência em algumas atitudes do portador.
Neste caso, é importante ressaltar que a avaliação de um profissional poderá ajudar a família a perceber a diferença entre os esquecimentos oriundos de um processo de envelhecimento normal e o desenvolvimento de uma demência.
organização espaço-temporal também passa a ser falha comprometendo a dinâmica funcional do portador como, por exemplo: esquecer de pagar as contasesquecer de se alimentar levando a perda de peso; os afazeres começam a ficar limitados e com pouca criatividade.
Na primeira fase além do declínio da memória de fixação, também podem aparecer distúrbios de comportamento, isto é, o paciente começa a se comportar de maneira diferente do habitual. Veja um exemplo desta mudança: Um familiar relatou, que sua tia estava estranha, criava intrigas entre as sobrinhas que iam visitá-la, inventado estórias que uma falou algo da qual elas não haviam falado. A partir destes fatos, associado à perda da capacidade de armazenamento de fatos recente, a família buscou orientação médica, a paciente foi encaminhada a um especialista e este diagnosticou como sendo um quadro de demência.
O surgimento de uma demência pode ocorrer de maneira lenta ou de forma abrupta. Neste último caso, o inicio é marcado pelo aparecimento de sintomas bem definidos como: confusão mental, ou seja, o paciente não reconhece a si, o outro e nem os lugares; sintomas de agressividade, alucinações e delírios de perseguição. Esta fase pode ser um indicador do aparecimento da Doença Alzheimer.
Na fase intermediaria o paciente apresenta mais claramente os déficits cognitivos, já não sendo mais possível camuflar ou ignorar a perda de memória. Surgem as dificuldades de linguagem para formulação de uma frase, o pensamento fica confuso e até as escolhas simples tornam –se impossíveis de serem realizados pelo portador.
Nesta fase, assim como na primeira os familiares são acometidos por um estresse muito grande, pois, dentre outros problemas, o paciente fica repetitivo, por não guardar mais informações. Normalmente ele que ir embora para sua casa mesmo estando nela; não reconhece mais as pessoas de suas relações, tornando-se dependente dos outros no que se refere às atitudes cotidianas e na tomada de decisões, mesmo que seja para coisas simples como que roupa vai colocar, o que vai comer.
Normalmente o estresse psicológico aumenta nesta fase, pois apesar do paciente se encontrar impossibilitado de realizar autonomamente muitas tarefas, este não reconhece sua dificuldade, entrando, muitas vezes, em conflito com os familiares. O portador não reconhece que as atitudes dos familiares são para preservar sua integridade. E é comum o idoso apresentar atitude agressiva quando se sente contrariado.
Nos casos em que a Doença se apresenta lentamente, ocorrem estados de lucidez no paciente reforçando a idéia de que ele está sadio. Para os familiares esta oscilação entre momentos de lucidez e de confusão mental traz confusão e sofrimento, principalmente, para os que não estão diretamente ligados ao paciente.
Na terceira fase, o paciente perde toda sua capacidade funcional, pois os comandos cerebrais já foram destruídos, levando-o a dependência total, ou seja, o paciente não consegue andar, falar. A deglutição também é afetada e a funcionalidade motora apresenta uma rigidez em que ele se mantém em estado de alerta (consciente), mas não apresenta mais a lucidez necessária para realização das tarefas. O portador depende totalmente dos cuidadores, desde o banho até a avaliação da temperatura ambiente (frio ou calor) e a necessidade de agasalhá-lo. Nesta fase, alguns pacientes, precisam do auxilio de sonda para se alimentar, visto que, mesmo fazendo o processo de engolir corretamente, muitas vezes este alimento acaba indo para o pulmão, ocasionando em internações por broncopneumonia.
O cuidado nesta fase é maior em relação ao seu estado fisiológico, devido à debilidade orgânica, sendo comum o surgimento de infecção urinaria, principalmente por causa do uso freqüente de fraldas; As escaras também são freqüentes devido ao aspecto circulatório deficiente do paciente e a compressão da pele do paciente que nesta fase permanece mais sentado ou deitado.
É importante que os familiares conheçam as características da doença, bem como, sua sintomatologia. Além disso, a união familiar, o suporte profissional especializado e o apoio social, através de grupos de apoio, serão úteis para melhorar o cuidado com o portador, aliviar o sentimento de culpa e ter a orientação necessária nos momentos de decisão e mudanças.



Fonte: Alzheimer e as Fases da Doença - Neuropsicologia - Psicologado Artigoshttp://artigos.psicologado.com/neuropsicologia/alzheimer-e-as-fases-da-doenca#ixzz22bBk0GYh

domingo, 22 de julho de 2012

12 alimentos para combater a Depressão


Ricos em nutrientes, eles garantem bem-estar e ajudam no tratamento da doença.


A depressão é um transtorno mental bastante comum atualmente. Segundo o Ministério da saúde, estima-se que, na América Latina, 24 milhões de pessoas sofram com a doença. Num episódio depressivo a pessoa pode se sentir sem energia, com o humor afetado, sem interesse e sem vontade de fazer tarefas comuns da sua rotina, além dos sintomas físicos como dor de cabeça e dor de estômago. Nosso cérebro produz substâncias chamadas de neurotransmissores que controlam inúmeras funções cerebrais. Um destes neurotransmissores, a serotonina, é capaz de dar ao cérebro sensação de bem-estar, regulando nosso humor e também dando sensação de "saciedade".

A alimentação pode ajudar a produzir mais serotonina, aumentando o bom humor e ajudando no combate da depressão, entretanto, vale lembrar que ela não substitui o tratamento da doença, com a intervenção medicamentosa e terapia. Para a produção cerebral da serotonina há necessidade de "matérias primas" (chamadas de cofatores) fundamentais para sua síntese, como exemplos: triptofano (aminoácido), magnésio, cálcio (minerais), vitamina B6, ácido fólico (vitaminas). A seguir, conheça alguns alimentos que melhorar o seu humor e são excelentes coadjuvantes para dar uma "forcinha" no combate da doença.


Castanha-do-pará, nozes e amêndoas: elas são ricas em selênio, um poderoso agente antioxidante. Elas colaboram para a melhoria dos sintomas de depressão, auxiliando na redução do estresse. As quantidades diárias recomendadas são duas a três unidades de castanha-do-pará ou cinco unidades de nozes ou 10 a 12 unidades de amêndoas. Mas também dá para fazer um mix saboroso dessas oleaginosas.

Leite e iogurte desnatado: eles são ótimas fontes de cálcio, mineral que elimina a tensão e depressão. O cálcio ajuda a reduzir e controlar o nervosismo e a irritabilidade. Ele participa também das contrações musculares, dos batimentos cardíacos e da transmissão de impulsos nervosos e regulariza a pressão arterial. É recomendado o consumo de 2 a 3 porções por dia.

Melancia, abacate, mamão, banana, tangerina e limão: são conhecidos como agentes do bom humor. Todas estas frutas são ricas em triptofano, aminoácido que ajuda na produção de serotonina. É recomendado o consumo de três a cinco porções de frutas todos os dias.

Laranja e maçã: elas ganham destaque porque fornecem ácido fólico, cujo consumo está associado a menor prevalência de sintomas depressivos. Além disso, por ser rica em vitamina C, a laranja promove o melhor funcionamento do sistema nervoso, garante energia, ajuda a combater o estresse e previne a fadiga.

Banana e abacate: a banana é rica em carboidrato (hidratos de carbono), potássio e magnésio. Também é fonte de vitamina B6, que produz energia. A fruta diminui a ansiedade e ajuda a ter um sono tranquilo. Tão bom quanto, o abacate é outra ótima opção, e antes de dormir. Consuma duas colheres de chá da fruta pura (sem açúcar ou adoçante) todos os dias antes de se deitar.

Mel: esse alimento estimula a produção de serotonina, neurotransmissor responsável pela sensação de prazer e bem-estar. Para usufruir dos benefícios, duas colheres de sobremesa, ao dia, são suficientes.

Ovos: Eles são uma boa fonte de tiamina e a niacina (vitaminas do complexo B), que colaboram com o bom humor. O recomendado é uma unidade por dia, no máximo. Quem tem colesterol alto deve se preocupar com o consumo em excesso, e evitar, principalmente a versão frita.

Carnes magras e peixes: O triptofano, presentes nestas fontes de proteína, ajuda no combate da depressão e melhora o humor, pois aumenta a produção de serotonina, que exerce grande influência no estado de humor, pois é capaz de reduzir a sensação de dor, diminuir o apetite, relaxar, criar a sensação de prazer e bem-estar e até induzir e melhorar o sono. Recomenda-se entre uma e duas porções por dia, principalmente de peixes como atum e salmão.

Carboidratos complexos: eles ajudam o organismo a absorver triptofano e estimulam a produção do neurotransmissor serotonina, que ajuda a reduzir as sensações de depressão. Uma alimentação pobre em carboidratos, por vários dias, pode levar a alterações de humor e depressão. Alimentos fontes de carboidratos: pães, cereais integrais (trigo, arroz). A recomendação é de 6 a 9 porções diárias.

Aveia e centeio: os dois são ricos em vitaminas do complexo B e vitamina E. Estes nutrientes possuem grande importância, pois, melhoram o funcionamento do intestino, combatem a ansiedade e a depressão. A recomendação é de, pelo menos, três colheres de sopa cheia por dia.

Folhas verdes: estudos mostram que uma alimentação com consumo elevado de folato (importante vitamina do complexo B) está associada a menor prevalência de sintomas depressivos. Um dos alimentos ricos em folato são as hortaliças folhosas verde-escuras (espinafre, brócolis, alface). Algumas pesquisas mostram que indivíduos deprimidos podem apresentar baixos níveis de vitamina B12, levando a diminuição do folato e o desequilíbrio do metabolismo dos neurotransmissores do cérebro associados ao controle do humor. O recomendado é a ingestão diária de três a cinco porções por dia.

Soja: ela é rica em magnésio que é o segundo mineral mais abundante no nosso organismo e desempenha um papel fundamental na energia das células. Sua deficiência pode resultar em falta de energia. O magnésio ajuda a reduzir a fadiga e aumentar os níveis de energia. Esse mineral combate o estresse porque tem propriedades tranquilizantes naturais, principalmente quando combinadas com cálcio.




Fonte: Minha Vida

sábado, 21 de julho de 2012

A contribuição da família para a independência da criança


Ajudar uma criança a ser independente é contribuir para o seu crescimento pessoal. Isso requer muito trabalho, carinho e dedicação. Um bichinho, quando nasce e é amamentado, depois do desmame pode viver sem sua mãe; mas, você já deve ter percebido que isso não acontece com as crianças, embora, a cada dia que passa, elas pareçam nascer mais espertas. Pois é, isso faz com que muitos adultos pensem que por serem espertas, e certamente inteligentes, precisam muito pouco dos adultos. Afinal, muitas crianças lidam com controles remotos e computadores muito melhor do que seus pais. Desde bebê, a criança necessita de ajuda e estimulação para tornar-se independente e, com isso, estar preparada para interagir com o meio em que vive. Já que um dia elas terão que conviver sozinhas, como por exemplo na festinha do amigo ou no cinema com a(o) namorada(o), por isso precisamos pensar no seu futuro.

Nada é mais gratificante para a família que ver seu filho fazendo gracinha, sentando sozinho, andando, falando, etc... só que tudo tem seu tempo e hora certa. Não se deve queimar etapas. Muitas vezes a criança é estimulada precocemente porque seus pais ficam ansiosos em mostrar o que a criança já sabe ou pode fazer. A independência e estimulação da criança deve estar relacionada com sua idade, e adequada com suas condições físicas e psicomotoras. Por isso, produtos feitos para crianças são projetados e adaptados de acordo com a idade, como por exemplo: mordedores, mamadeiras com colher, andador com telefone, tapetes de encaixe e por aí vai. A medida que ela cresce, vai experimentando e desenvolvendo possibilidades em lidar com situações novas de tudo que lhe é oferecido e que está ao seu redor. É aí que começa o trabalho e a disponibilidade da família em compartilhar com a criança suas descobertas. Um bom exemplo disso é quando aprende a comer sozinha. Numa fase anterior, a criança precisou levar o dedo ou um brinquedo na boca, assim, ela aprendeu que pode coordenar seu movimentos para levar a colher até a boca e que isso dependerá dela. Tarefa difícil para quem tem que acertar a pontaria sem deixar cair um ou muitos grãozinhos. Difícil, também, para quem tem que, vira e mexe, limpar todos esses grãozinhos do chão. Além da angústia da bagunça, a mãe fica preocupada em saber se isso é natural e se seu filho está bem alimentado. Então o que fazer? O melhor é usar duas colheres: uma para a criança aprender e a sua para alimentá-la e ensiná-la a comer.

Essa participação acontece em todas as fases como sentar, falar, com os cuidados pessoais. Quando bem vividas essas fases, passam a ter uma relação de troca muito agradável para a criança e igualmente para quem está cuidando dela. Em geral, famílias ansiosas dificultam a criança a tornar-se independente porque tendem a fazer por ela, aquilo que ela pode fazer sozinha, embora de forma desajeitada. A criança independente relaciona-se melhor com o mundo. Por isso, na menor manifestação de interesse da criança em fazer algo sozinha, os pais devem incentivá-la, ao invés de querer fazer por ela e nem exigir perfeição. Curta seu filho e acredite no seu bom senso.



Fonte: Guia do Bebê

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Tristeza ou Depressão


Coração apertado, angústia, melancolia, desânimo. Essas são algumas das sensações que incomodam tanto quem está triste quanto quem sofre de depressão. E, ao contrário do que muita gente imagina, as semelhanças param por aí!
 
É cada vez mais comum as pessoas dizerem que estão deprimidas quando, em grande parte dos casos, elas estão apenas tristes. Mas como saber se o sentimento é de tristeza ou se é realmente depressão? “A tristeza é uma reação normal e natural do ser humano, causada por eventos pontuais, por exemplo, pela morte de um ente muito querido, por uma decepção amorosa ou pelo desemprego”, explica a psicóloga Cynthia Boscovich. Em outras palavras, todas as pessoas, em algum momento da vida, sentem-se desiludidas e arrasadas diante dessas situações de perda ou frustração. “Contudo, apesar da sensação de angústia e dor, ela é apenas consequência de um período difícil, que passa com o tempo. Ao vivenciá-la, o indivíduo se reorganiza internamente, podendo superar a fase de dificuldade de maneira saudável”, explica a psicóloga.
 
A depressão, por sua vez, é uma doença que deve ser tratada. As causas desse mal ainda não são bem conhecidas, mas acredita-se que fatores genéticos e ambientais, como perdas e eventos estressantes, influenciem o desencadeamento do problema. “Entre os sintomas principais, podemos citar a falta de motivação por assuntos que antes despertavam interesse, insônia, perda da libido e apetite, sentimento de culpa constante e até mesmo dores pelo corpo. A pessoa deprimida se afasta dos amigos e familiares, perde a concentração, sente uma angústia permanente, mesmo sem causas aparentes”, conta Cynthia.
 
Uma das principais diferenças entre esses males está na duração e na intensidade dos sinais. “Quando estamos tristes podemos apresentar reações semelhantes aos sintomas da depressão. Choramos facilmente, ficamos desanimados, perdemos o apetite, dormimos mal, por exemplo. Entretanto, esses sinais devem desaparecer espontaneamente com o passar do tempo. Porém, quando o humor deprimido persiste durante a maior parte do dia, e por um período mínimo de 15 dias, é conveniente procurar a ajuda de um psicólogo ou psiquiatra, que fará um diagnóstico completo para avaliar se a pessoa sofre ou não de depressão. Caso constate um quadro depressivo, o profissional estará preparado para orientar qual a melhor forma de tratamento, seja com antidepressivos ou psicoterapia”, finaliza.



Fonte: Portal Vital

sábado, 9 de junho de 2012

Como diagnosticar e tratar o TDAH


Transtorno exige atenção especial da família, da escola e dos médicos.


Diagnóstico e tratamento demandam parecer de pediatra, psicólogo, fonoaudiólogo e psiquiatra.


Uma criança é agitada demais, sobe nos móveis e faz com que os pais evitem sair com ela. Já outra é quieta, ansiosa e sofre com baixa autoestima. Ambas têm desempenho ruim na escola e, por mais que não pareça, sofrem com o mesmo problema. É o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). Ele tem origem genética e pode ser agravado por fatores como o parto prematuro, baixo peso do recém-nascido, consumo de álcool durante a gestação e a exposição a toxinas como o chumbo e corantes artificiais.

Embora a dislexia e o TDHA tenham origem parecida – são desfechos diferentes da mesma falta de controle das emoções, que depende da maturidade de uma área específica do cérebro, o córtex, que regula as emoções - o TDAH traz prejuízos intelectuais para as crianças, ao contrário da dislexia. Na média, o QI de quem sofre com o problema é nove pontos menor, se comparado com o de uma criança na mesma faixa etária.

Diferentes perfis do problema

Toda criança com TDAH tem dificuldades comuns, como respostas impulsivas e dificuldade de se planejar, problemas comportamentais e de memória operacional. A depressão também está frequentemente associada ao transtorno, pois a criança sofre para se relacionar com a família e amigos, além da pressão na escola.

Contudo, apesar desses sintomas gerais, existem dois perfis bem definidos de pacientes com TDHA. Um deles é hiperativo, agitado, impulsivo e birrento. Já outro, é inquieto, sem amigos, ansioso, preocupado e sofre mais com os problemas de aprendizado e de baixa autoestima. Os meninos, que se encaixam mais no primeiro perfil, são os que mais sofrem com a condição. Acredita-se que o problema esteja relacionado aos hormônios sexuais masculinos, mas ainda não há nenhuma comprovação científica.

Como os pais devem se comportar

É possível descobrir o TDAH antes da idade escolar. A criança apresenta os primeiros sintomas por volta dos quatro anos: ela não consegue brincar com a mesma coisa por muito tempo, troca de brinquedos frequentemente e não se detém em nenhuma atividade.

Esta situação é agravada a partir dos seis anos, quando começa a alfabetização. Nesta idade, os principais sintomas são a falta de atenção e de organização, impulsividade e dificuldade de controlar a atividade motora.

A Associação Americana de Psicologia (APA) aconselha os pais a buscarem ajuda médica quando os filhos apresentam os sinais regularmente e em várias situações. Mas atenção, uma criança que só fica desatenta durante as aulas, mas consegue focar-se em uma brincadeira, provavelmente não tem o problema.

Os pais devem entender a doença e lidar com as características específicas dos filhos. A primeira dica é não se preocupar e cobrar demais a criança, com exigências na escola ou imposição de um desempenho igual ao dos colegas – esta é a principal causa de depressão entre aqueles que têm o transtorno.

A criança com TDAH precisa de técnica para se desenvolver. Por isso, os pais e professores devem falar com ela de forma clara e direta, utilizando palavras simples. O tom deve ser de aceitação e incentivo, jamais de crítica.

É necessária uma escola que se adapte a criança e busque soluções individualizadas para ela. Aqueles que são diagnosticados com TDAH são considerados de inclusão e devem ter um tratamento diferente dentro da sala de aula, sem a necessidade de procurar um ensino voltado apenas para eles.

Algumas medidas podem ajudar a criança com TDAH na escola: mais trabalhos em grupo, aulas particulares, recompensa pelo esforço, mais chances de sair da sala (para beber água, levar algum recado), fazer um planejamento para estudar em casa e dar mais tempo para que a matéria seja copiada.

Os pais, a escola, os professores e médicos devem estar em harmonia para que a criança entenda que tem um problema, e para que todos descubram a melhor maneira de incentivá-la a se desenvolver.

Tratamento em equipe

O diagnóstico definitivo exige uma vasta equipe de profissionais, já que ele é unicamente clínico. Uma vez determinado, os médicos passam a investigar a história e o desenvolvimento do transtorno. Alguns exames, como o eletroencefalograma, também contribuem para o diagnóstico, uma vez que descartam outras doenças cerebrais ou neurológicas.

O profissional mais bem preparado para identificar e tratar o problema é o psiquiatra da infância e adolescência, mas geralmente são os neurologistas infantis que cuidam destas crianças.O caminho até chegar nestes médicos geralmente passa pela escola, pelo pediatra, psicólogos, fonoaudiólogos e só daí pelos psiquiatras – mas todos estes profissionais devem ser envolvidos no tratamento da criança.

Em alguns casos, é recomendado o uso de medicamentos. Uma pesquisa recente da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo divulgou que o Brasil é segundo maior consumidor da Ritalina no mundo. Entre 2000 e 2008, as vendas do remédio aumentaram 1,65% em todo o país.

A Ritalina é receitada para crianças e adolescentes que tenham baixo desempenho na escola ou que não consigam se comportar. Alguns estudos mostram que, quando utilizado por um longo período, o medicamento pode causar dependência química.

O superdiagnóstico do problema pode ter levado a este aumento nas vendas. A recomendação da APA é que todos os profissionais que lidam com a educação e comportamento da criança se envolvam no tratamento, e não busquem apenas uma saída para cuidar desta criança.



Fonte: Pais & Filhos

sábado, 26 de maio de 2012

Seu filho tem problema de aprendizagem?

Quase todos nós temos alguma dificuldade ao aprender e em boa parte ela é ocasionada por problemas de ensino, e não biológicos. Hoje sabemos que o cérebro não aceita uma informação de qualquer jeito. Seus processos requerem modos especiais de lidar com o que será aprendido, e quanto mais o ensino for a seu favor, melhor será a aprendizagem. Todavia, as instituições escolares ou familiares ainda se utilizam de modos de ensinar que vão contra os mecanismos cerebrais de aprendizagem, dificultando a sua elaboração e dando início a uma série de problemas como a dificuldade de adquirir e organizar o conhecimento, a falta de concentração e atenção, o desinteresse, a desorganização, a desmotivação, as notas ruins, entre outros.

Mas como saber se é problema de ensino ou biológico? É preciso investigar.

Comecemos por ter atenção à sub ou à superdiagnosticação dos problemas. Muitas crianças têm diferenças biológicas importantes e passam desapercebidas, enquanto outras com  problemas de ensino, ou ainda de educação familiar, acabam sendo diagnosticadas como crianças portadoras de algum transtorno e medicadas como tal.

Enquanto o problema de ensino resulta de uma didática que vai contra os mecanismos “normais” do cérebro, interferindo na aquisição, armazenamento e evocação da aprendizagem, o problema de aprendizagem biológico, como chamo, é aquele ocasionado por mudanças no desenvolvimento do sistema nervoso, tornando-o diferente, e dependente de modos de ensinar e de aprender ainda mais específicos e especiais, como é o caso da criança com Transtorno do Déficit de Atenção/ Hiperatividade (TDAH), Dislexia, Autismo, Deficiência Intelectual, Portadora de Altas Habilidades (PAH) entre outros. Ambos os casos merecem atenção.

Observe, sem exagerada preocupação, se o seu filho tem um comportamento diferente e/ou­ tem problema recorrente ao aprender. Se sim, cuidado com os palpites, com os diagnósticos populares, com os remédios sem indicação médica. Melhor procurar um neurologista de sua confiança e, de preferência, que ele participe de uma equipe transdisciplinar, aquela que avalia o seu filho como um todo. Se ele for diagnosticado com algum transtorno, estude o “problema”, e busque modos de agir que respeitem as suas diferenças, que o ajudem a enfrentar os desafios diários, a desenvolver capacidades e habilidades, sem protegê-lo, mas preparando-o, dentro de suas possibilidades, para uma inserção social digna, inclusiva e transformadora.

E lembre-se, todos têm capacidade de aprender e de se desenvolver. Todos. Basta oportunidade adequada e motivação.



Fonte: Pais & Filhos