Denise Fontoura

Psicóloga pós-graduada em Psicopedagogia.

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quarta-feira, 27 de junho de 2012

Tristeza ou Depressão


Coração apertado, angústia, melancolia, desânimo. Essas são algumas das sensações que incomodam tanto quem está triste quanto quem sofre de depressão. E, ao contrário do que muita gente imagina, as semelhanças param por aí!
 
É cada vez mais comum as pessoas dizerem que estão deprimidas quando, em grande parte dos casos, elas estão apenas tristes. Mas como saber se o sentimento é de tristeza ou se é realmente depressão? “A tristeza é uma reação normal e natural do ser humano, causada por eventos pontuais, por exemplo, pela morte de um ente muito querido, por uma decepção amorosa ou pelo desemprego”, explica a psicóloga Cynthia Boscovich. Em outras palavras, todas as pessoas, em algum momento da vida, sentem-se desiludidas e arrasadas diante dessas situações de perda ou frustração. “Contudo, apesar da sensação de angústia e dor, ela é apenas consequência de um período difícil, que passa com o tempo. Ao vivenciá-la, o indivíduo se reorganiza internamente, podendo superar a fase de dificuldade de maneira saudável”, explica a psicóloga.
 
A depressão, por sua vez, é uma doença que deve ser tratada. As causas desse mal ainda não são bem conhecidas, mas acredita-se que fatores genéticos e ambientais, como perdas e eventos estressantes, influenciem o desencadeamento do problema. “Entre os sintomas principais, podemos citar a falta de motivação por assuntos que antes despertavam interesse, insônia, perda da libido e apetite, sentimento de culpa constante e até mesmo dores pelo corpo. A pessoa deprimida se afasta dos amigos e familiares, perde a concentração, sente uma angústia permanente, mesmo sem causas aparentes”, conta Cynthia.
 
Uma das principais diferenças entre esses males está na duração e na intensidade dos sinais. “Quando estamos tristes podemos apresentar reações semelhantes aos sintomas da depressão. Choramos facilmente, ficamos desanimados, perdemos o apetite, dormimos mal, por exemplo. Entretanto, esses sinais devem desaparecer espontaneamente com o passar do tempo. Porém, quando o humor deprimido persiste durante a maior parte do dia, e por um período mínimo de 15 dias, é conveniente procurar a ajuda de um psicólogo ou psiquiatra, que fará um diagnóstico completo para avaliar se a pessoa sofre ou não de depressão. Caso constate um quadro depressivo, o profissional estará preparado para orientar qual a melhor forma de tratamento, seja com antidepressivos ou psicoterapia”, finaliza.



Fonte: Portal Vital

sábado, 9 de junho de 2012

Como diagnosticar e tratar o TDAH


Transtorno exige atenção especial da família, da escola e dos médicos.


Diagnóstico e tratamento demandam parecer de pediatra, psicólogo, fonoaudiólogo e psiquiatra.


Uma criança é agitada demais, sobe nos móveis e faz com que os pais evitem sair com ela. Já outra é quieta, ansiosa e sofre com baixa autoestima. Ambas têm desempenho ruim na escola e, por mais que não pareça, sofrem com o mesmo problema. É o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). Ele tem origem genética e pode ser agravado por fatores como o parto prematuro, baixo peso do recém-nascido, consumo de álcool durante a gestação e a exposição a toxinas como o chumbo e corantes artificiais.

Embora a dislexia e o TDHA tenham origem parecida – são desfechos diferentes da mesma falta de controle das emoções, que depende da maturidade de uma área específica do cérebro, o córtex, que regula as emoções - o TDAH traz prejuízos intelectuais para as crianças, ao contrário da dislexia. Na média, o QI de quem sofre com o problema é nove pontos menor, se comparado com o de uma criança na mesma faixa etária.

Diferentes perfis do problema

Toda criança com TDAH tem dificuldades comuns, como respostas impulsivas e dificuldade de se planejar, problemas comportamentais e de memória operacional. A depressão também está frequentemente associada ao transtorno, pois a criança sofre para se relacionar com a família e amigos, além da pressão na escola.

Contudo, apesar desses sintomas gerais, existem dois perfis bem definidos de pacientes com TDHA. Um deles é hiperativo, agitado, impulsivo e birrento. Já outro, é inquieto, sem amigos, ansioso, preocupado e sofre mais com os problemas de aprendizado e de baixa autoestima. Os meninos, que se encaixam mais no primeiro perfil, são os que mais sofrem com a condição. Acredita-se que o problema esteja relacionado aos hormônios sexuais masculinos, mas ainda não há nenhuma comprovação científica.

Como os pais devem se comportar

É possível descobrir o TDAH antes da idade escolar. A criança apresenta os primeiros sintomas por volta dos quatro anos: ela não consegue brincar com a mesma coisa por muito tempo, troca de brinquedos frequentemente e não se detém em nenhuma atividade.

Esta situação é agravada a partir dos seis anos, quando começa a alfabetização. Nesta idade, os principais sintomas são a falta de atenção e de organização, impulsividade e dificuldade de controlar a atividade motora.

A Associação Americana de Psicologia (APA) aconselha os pais a buscarem ajuda médica quando os filhos apresentam os sinais regularmente e em várias situações. Mas atenção, uma criança que só fica desatenta durante as aulas, mas consegue focar-se em uma brincadeira, provavelmente não tem o problema.

Os pais devem entender a doença e lidar com as características específicas dos filhos. A primeira dica é não se preocupar e cobrar demais a criança, com exigências na escola ou imposição de um desempenho igual ao dos colegas – esta é a principal causa de depressão entre aqueles que têm o transtorno.

A criança com TDAH precisa de técnica para se desenvolver. Por isso, os pais e professores devem falar com ela de forma clara e direta, utilizando palavras simples. O tom deve ser de aceitação e incentivo, jamais de crítica.

É necessária uma escola que se adapte a criança e busque soluções individualizadas para ela. Aqueles que são diagnosticados com TDAH são considerados de inclusão e devem ter um tratamento diferente dentro da sala de aula, sem a necessidade de procurar um ensino voltado apenas para eles.

Algumas medidas podem ajudar a criança com TDAH na escola: mais trabalhos em grupo, aulas particulares, recompensa pelo esforço, mais chances de sair da sala (para beber água, levar algum recado), fazer um planejamento para estudar em casa e dar mais tempo para que a matéria seja copiada.

Os pais, a escola, os professores e médicos devem estar em harmonia para que a criança entenda que tem um problema, e para que todos descubram a melhor maneira de incentivá-la a se desenvolver.

Tratamento em equipe

O diagnóstico definitivo exige uma vasta equipe de profissionais, já que ele é unicamente clínico. Uma vez determinado, os médicos passam a investigar a história e o desenvolvimento do transtorno. Alguns exames, como o eletroencefalograma, também contribuem para o diagnóstico, uma vez que descartam outras doenças cerebrais ou neurológicas.

O profissional mais bem preparado para identificar e tratar o problema é o psiquiatra da infância e adolescência, mas geralmente são os neurologistas infantis que cuidam destas crianças.O caminho até chegar nestes médicos geralmente passa pela escola, pelo pediatra, psicólogos, fonoaudiólogos e só daí pelos psiquiatras – mas todos estes profissionais devem ser envolvidos no tratamento da criança.

Em alguns casos, é recomendado o uso de medicamentos. Uma pesquisa recente da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo divulgou que o Brasil é segundo maior consumidor da Ritalina no mundo. Entre 2000 e 2008, as vendas do remédio aumentaram 1,65% em todo o país.

A Ritalina é receitada para crianças e adolescentes que tenham baixo desempenho na escola ou que não consigam se comportar. Alguns estudos mostram que, quando utilizado por um longo período, o medicamento pode causar dependência química.

O superdiagnóstico do problema pode ter levado a este aumento nas vendas. A recomendação da APA é que todos os profissionais que lidam com a educação e comportamento da criança se envolvam no tratamento, e não busquem apenas uma saída para cuidar desta criança.



Fonte: Pais & Filhos