Denise Fontoura

Psicóloga pós-graduada em Psicopedagogia.

Atendimentos realizados com hora marcada em consultório em Niterói. Entre em contato para marcar a consulta através dos telefones:
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sábado, 26 de maio de 2012

Seu filho tem problema de aprendizagem?

Quase todos nós temos alguma dificuldade ao aprender e em boa parte ela é ocasionada por problemas de ensino, e não biológicos. Hoje sabemos que o cérebro não aceita uma informação de qualquer jeito. Seus processos requerem modos especiais de lidar com o que será aprendido, e quanto mais o ensino for a seu favor, melhor será a aprendizagem. Todavia, as instituições escolares ou familiares ainda se utilizam de modos de ensinar que vão contra os mecanismos cerebrais de aprendizagem, dificultando a sua elaboração e dando início a uma série de problemas como a dificuldade de adquirir e organizar o conhecimento, a falta de concentração e atenção, o desinteresse, a desorganização, a desmotivação, as notas ruins, entre outros.

Mas como saber se é problema de ensino ou biológico? É preciso investigar.

Comecemos por ter atenção à sub ou à superdiagnosticação dos problemas. Muitas crianças têm diferenças biológicas importantes e passam desapercebidas, enquanto outras com  problemas de ensino, ou ainda de educação familiar, acabam sendo diagnosticadas como crianças portadoras de algum transtorno e medicadas como tal.

Enquanto o problema de ensino resulta de uma didática que vai contra os mecanismos “normais” do cérebro, interferindo na aquisição, armazenamento e evocação da aprendizagem, o problema de aprendizagem biológico, como chamo, é aquele ocasionado por mudanças no desenvolvimento do sistema nervoso, tornando-o diferente, e dependente de modos de ensinar e de aprender ainda mais específicos e especiais, como é o caso da criança com Transtorno do Déficit de Atenção/ Hiperatividade (TDAH), Dislexia, Autismo, Deficiência Intelectual, Portadora de Altas Habilidades (PAH) entre outros. Ambos os casos merecem atenção.

Observe, sem exagerada preocupação, se o seu filho tem um comportamento diferente e/ou­ tem problema recorrente ao aprender. Se sim, cuidado com os palpites, com os diagnósticos populares, com os remédios sem indicação médica. Melhor procurar um neurologista de sua confiança e, de preferência, que ele participe de uma equipe transdisciplinar, aquela que avalia o seu filho como um todo. Se ele for diagnosticado com algum transtorno, estude o “problema”, e busque modos de agir que respeitem as suas diferenças, que o ajudem a enfrentar os desafios diários, a desenvolver capacidades e habilidades, sem protegê-lo, mas preparando-o, dentro de suas possibilidades, para uma inserção social digna, inclusiva e transformadora.

E lembre-se, todos têm capacidade de aprender e de se desenvolver. Todos. Basta oportunidade adequada e motivação.



Fonte: Pais & Filhos

domingo, 20 de maio de 2012

Tudo o que você precisa saber sobre TERAPIA DE CASAL

Um psicólogo com experiência em terapia de casal pode equilibrar e fortalecer vínculos – ou ajudar na separação.


Não existe hora certa para começar uma terapia de casal. O fundamental é reconhecer a insatisfação e evitar que as crises se tornem crônicas. "Se os problemas se arrastam há muito tempo, a taxa de sucesso diminui", diz Ailton Amélio da Silva, professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP), autor de Relacionamento Amoroso: Como Encontrar sua Metade Ideal e Cuidar Dela (Publifolha). Na opinião dele, muitos casais adiam por causa da resistência dos homens - vários têm preconceito e não pensam em consultar terceiros. Quem procura deve saber que o objetivo do tratamento não é evitar o divórcio: "A proposta é ajudar o casal a encontrar uma forma harmônica de se relacionar, mas não há mágica", explica Margarete Volpi, psicoterapeuta familiar e de casal especializada em sexualidade. Portanto, assim como existe a possibilidade de um salto qualitativo no relacionamento, nada impede que os envolvidos cheguem à conclusão de que serão mais felizes separados. Nesse caso, mesmo que a dor seja inevitável, é provável que o fim se mostre menos traumático, pois ambos puderam se expressar e refletir antes.

Quais as questões mais comuns no consultório? "Uns sofrem de tédio, outros estão cansados de tanta briga", revela Ailton. Para ele, "a briga, em si, não é ruim. A forma de brigar é que importa. Se há desrespeito, os envolvidos mal se ouvem e só querem atacar o outro, aí, sim, a briga é destrutiva e não leva a nada", alerta. As questões da comunicação e da sexualidade podem entrar em pauta e as fases de mudança - como a chegada dos filhos - testam os casais. "Muitas mulheres reclamam que o marido não assume responsabilidades com a casa e as crianças. Quando faz a parte dele, a relação melhora", diz o terapeuta. A infidelidade conjugal também leva muita gente ao consultório. Margarete conta que, certa vez, atendeu um casal que se dava muito bem na cama e fora dela até ambos descobrirem que já tinham sidos traídos pelo parceiro. Numa situação dessas, não cabe ao terapeuta impor uma "atitude certa" aos pacientes, e sim criar condições para que eles definam os próprios desejos e refaçam contratos.

O prazo da terapia varia muito, mas a média é de seis meses, com sessões semanais alternadas entre individuais e em conjunto.

Conselhos práticos para harmonizar a vida a dois

É importante que cada um tenha sua individualidade bem dosada. Casais que dormem em quartos diferentes, têm contas separadas e amigos separados não constroem uma relação em comum. Por outro lado, cada um precisa ter sua vida individual, como um complemento, e não uma extensão do outro. Mantenha a vida sexual ativa, criativa e prazerosa. Com a rotina, o cansaço e as ocupações, muitos casais acabam se desinteressando por essa área, o que acaba se voltando contra a relação. Segundo Ailton, é muito comum o seguinte ciclo: ele quer mais sexo, ela quer mais atenção. Ele não dá essa atenção a mais, ela se frustra e sente menos vontade de fazer sexo com ele. Com isso, ambos ficam insatisfeitos e se afastam. Peça ou sugira pequenas mudanças de atitude para melhorar o cotidiano, tudo bem. Mas não tente transformar completamente o seu parceiro. Se ele sempre foi reservado, pouco afeito a demonstrações de afeto, não espere que ele se transforme num homem galante e expansivo. Não idealize o casamento e reconheça que conflitos são inevitáveis - fazem parte do amadurecimento e proporcionam mudanças necessárias.

O importante é aprender a administrá-los e não perder o respeito pelo outro. Evite o envolvimento com conflitos provenientes das famílias de origem do cônjuge, como se intrometer em conflitos sem ser chamada. Parte das desavenças entre casais se deve ao fato de não separarem o casamento da família de origem. Considere-se uma agregada naquele grupo já formado. Cada um deve se esforçar para conservar o desejo e a admiração do outro, mantendo a individualidade e ajudando o parceiro a manter a autoestima. Depois dos filhos, não transforme o casal em apenas pai e mãe: cultive espaço para as crianças, para a família e para a intimidade do casal. Cuide da aparência. Muitos casais, ao longo do tempo, deixam de cuidar do corpo, se vestem de qualquer maneira em casa: a atitude relapsa diminui a autoestima e compromete a atração mútua. Cuide do bom humor e evite o tédio: com alguma dedicação e boa vontade, as preocupações não precisam ser descontadas em casa e os programas não precisam ser sempre os mesmos. Valorize a conversa e saiba escutar o que o outro diz. Não ser ouvido diminui a cumplicidade e a autoestima dos parceiros. Faça planos que estimulem a vida a dois, tanto a curto como a longo prazo: viagens, compra de uma casa, passeios.



Fonte: Revista Cláudia

sábado, 19 de maio de 2012

Como nossos filhos aprendem


As crianças passam por três fases bem definidas de aprendizagem, do nascimento até os seis anos.


Quando um bebê sai da barriga da mãe, ele está pronto para descobrir o mundo ao seu redor. Já nos primeiros anos de vida, recebe uma avalanche de informações. Vozes, sons, luzes, sabores, texturas. São milhares de estímulos processados pelo cérebro que vão, aos poucos, se transformando em habilidades como respirar, falar, andar, ler e escrever. É o início do processo de aprendizagem que se estenderá por toda vida.

Ele é muito mais do que apenas decorar ou repetir algo novo. Acontece quando uma informação é recebida e processada pelo cérebro e provoca uma mudança no desempenho diante da vida. É o aprender que transforma a criança em integrante da sociedade e participante de uma cultura. E é essa sociedade e cultura que serão responsáveis por moldar outras habilidades que se desenvolverão no futuro.

As fases da aprendizagem

Até os dois anos, o bebê vive a fase perceptivo-motora. Nela, a criança aprende pelos sentidos, no contato físico com os objetos e pessoas. Colocando as coisas na boca, cheirando, escutando. Cabe aos pais intermediarem esse processo, com brinquedos, jogos e músicas adequados e compartilhando essas experiências. É nessa fase que a criança começa a entender e aprender a linguagem, tanto oral como física, a partir do convívio com os pais, familiares e outras crianças.

A segunda fase do aprendizado vai dos dois aos cinco anos. Ela passa a representar o mundo, também por meio da fala, e diversifica seu repertório de linguagens nas brincadeiras e com a imaginação. Percebe que as coisas podem ser representadas. Entre os cinco e seis anos, inicia-se a terceira fase, quando a criança consegue ir além da representação e passa a ser capaz de desenvolver novas formas de se expressar. Nesta idade ocorre o início da alfabetização e ela sai da aprendizagem informal para a formal, na escola.

As dificuldades que surgem na escola

Na ruptura de uma fase para a outra, algumas dificuldades específicas podem surgir no desenvolvimento motor, da escrita, da leitura e até na capacidade de calcular. Alguns estudiosos defendem que essas questões não devem ser tratadas como doenças e podem ser solucionadas com métodos de ensino. Já outros, acreditam que esses problemas têm origem neurológica, biológica e genética. As crianças com essas dificuldades sofreriam de uma alteração na capacidade de aprendizagem devido a falhas na transmissão de informações entre os neurônios.

Independente do ponto de vista sobre sua origem, estes chamados distúrbios de aprendizagem, identificados pelo prefixo “dis” (dislexia, disgrafia, disortografia, discalculia), quando não identificados ou supervalorizados, podem complicar ainda mais o processo de aprendizagem.



Fonte: Pais & Filhos

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Tempo para conviver


Os esportes também podem unir a família. 


Além de todos os benefícios para a saúde que a prática esportiva traz, incentivar seu filho a fazer uma atividade física pode ser também uma ótima oportunidade para aumentar a quantidade e qualidade dos momentos em família. Para que a prática de esportes se instale na rotina de seu pequeno, é preciso que algumas coisas acompanhem a mudança, como, por exemplo, a participação dos pais e a alteração da dieta alimentar.
  
Acompanhe seu filho
A prática esportiva é uma ótima ocasião para a interação entre pais e filhos, inclusive porque ela provoca naturalmente a liberação de hormônios como a endorfina, responsável pela promoção do bem-estar. Com os ânimos calmos, só há vantagens em se compartilhar esse momento. Jogue e faça brincadeiras com seu filho frequentemente, exercitando os músculos e o raciocínio. Ensine e aprenda com seu pequeno a ganhar e a perder, a trabalhar em equipe, a conviver. 
Os jogos de tabuleiro são um ótimo artifício para isso. Escolha um do gosto e faixa etária de seu filho, mesmo que seja apenas para curtir o momento em família. Faça disso uma rotina e selecione também um ou mais esportes (dependendo da idade do pequeno) para ele praticar, sempre respeitando seus limites. Comece a treinar com ele e mostre que você se importa com aquele momento. Antes de dar início à atividade, porém, leve seu filho a uma consulta médica para conhecer suas restrições, pois um problema respiratório pode exigir que se prefiram algumas práticas a outras.

Faça mudanças importantes na rotina

“A atividade física deve trazer com ela um conjunto de coisas, não é só praticar esportes sozinho. A alimentação tem que mudar, todo o hábito da família tem que mudar para acompanhar esse processo. O esporte é uma questão de saúde e pode deixar toda a família mais saudável”, diz a psicóloga Beatriz Acampora. De fato, a maioria dos esportes traz consigo uma filosofia de vida, que transmite disciplina e complementa a educação e personalidade da criança, permitindo que ela se desenvolva plenamente. Adaptar a rotina do pequeno e fazer alterações em sua alimentação são atos que acompanham esse processo e vêm naturalmente quando existe o apoio mútuo entre pais e filhos. Então, para ajudar seu pequeno, altere você também sua dieta alimentar.

Não pressione demais

O incentivo e acompanhamento dos pais são fundamentais na hora de estimular o pequeno à atividade física, mas deve-se tomar cuidado com a pressão exercida sobre ele. Crianças muito cobradas – em qualquer sentido – ficam sobrecarregadas e podem se tornar desnutridas, estressadas e começarem a ter dificuldades para dormir. Isso influi em seu bem-estar, saúde e até no rendimento escolar. Basta pensar que uma noite mal dormida pode se refletir em uma soneca na sala de aula.
Para uma noite de sono tranquila, deixe seu filho praticar esportes até, no máximo, as seis ou sete horas da noite. É importante que a atividade física termine até três horas antes do pequeno se deitar, para que dê tempo de baixarem as doses dos hormônios descarregados no sangue na hora do esporte (adrenalina, endorfina, etc.).
Cobre menos de seu filho e seja menos exigente com sua frequência e desempenho nos esportes. Se um dia ele não estiver disposto a ir ao treino, deixe que ele falte. Lembre-se que o momento deve ser, acima de tudo, prazeroso para o pequeno.

Cuidado com a competitividade

Se reparar que seu filho está muito fixado em vencer, é hora de intervir. “Querer melhorar é normal, mas tem que ter um freio nisso, senão a criança começará a ficar estressada”, diz a psicóloga Beatriz Acampora. O desejo intenso de ganhar deve ser observado de perto, pois provavelmente tem um fundo emocional. Muitas vezes, a vontade de provar que é bom o suficiente para chamar a atenção dos pais está por trás de tal fissura. Se necessário, procure a ajuda de um profissional.
A criança deve aprender a lidar com a competitividade de uma forma saudável, para não sofrer frustrações que poderão influir em toda sua vida futura.  Converse com ela, dizendo que a prática esportiva é um momento para ela e dela, e que o desempenho entrará em foco mais tarde - e, mesmo assim, com restrições - quando ela for adolescente. Na infância, o caráter da atividade física deve ser lúdico, de lazer, constituindo um momento agradável e prazeroso, acima de tudo.

A escolha do esporte

Na hora de escolher a modalidade esportiva, tome também certo cuidado. É comum nessa hora os pais transferirem suas frustrações aos filhos - muitas vezes sem que se deem conta disso - ou matriculá-los em esportes que pretensamente irão melhor se adaptar a eles, como o basquete para crianças altas. Deixe que seu filho faça a escolha dele, experimente-a e mude depois, se for o caso. Tente interferir o menos possível nesse processo. “É importante a criança fazer o que ela gosta, e não o gosto do pai. A atividade física tem que ser um momento de lazer natural e não uma obrigação, que só gerará frustração em algum momento do desenvolvimento futuro”, afirma Beatriz Acampora.

Passe mais tempo de qualidade com o seu filho, aproxime-se dele e ainda garanta uma saúde melhor... para vocês dois!



Fonte: Pais & Filhos

Brincar também ajuda a ir bem na escola


Pesquisa comprova que a diversão na infância pode influcienciar o desempenho futuro nos estudos.


Brincar com os filhos já é gostoso. E os benefícios vão além da diversão. Um estudo realizado pela Utah State University (EUA) constatou que essa interação pode ter relação direta com o desempenho escolar da criança no futuro. Foram 15 anos observando 229 crianças de famílias de baixa renda. Os pesquisadores chegaram à conclusão de que atividades divididas em etapas; jogos que propõem formação de palavras, de figuras e de objetos; passatempos lúdicos relacionados às experiências da criança e exercícios incentivadores são as categorias de brincadeira que mais influenciam no desempenho dos estudos.

A explicação está no estímulo que as brincadeiras produzem no sistema nervoso. “Após o nascimento, o cérebro ainda está em processo de formação. Assim, essas atividades de diversão potencializam o desenvolvimento cognitivo”, explica Marcelo Masruha, professor do setor de neurologia infantil da Unifesp. De acordo com ele, as brincadeiras que têm possibilidades abertas estimulam a criatividade e também contribuem para um bom desempenho escolar. Sabe aquela caixa vazia que seu filho transforma em casa, carrinho ou qualquer outro brinquedo? É isso! Entram nessa lista os blocos de montar, bola e argolas com cone.


Brinque junto.

Exatamente! A sua participação na diversão da criança é essencial. Ainda que você trabahe o dia todo, reserve um tempo para vocês, para que esteja inteiro na brincadeira com o seu filho. Não adianta estar apenas ao lado dele, plugado no telefone, computador, iPad. Mais do que a quantidade de tempo com as crianças, a qualidade do momento em que estão juntos é que vai fazer a diferença.

Participar do brincar junto com o seu filho oferece equilíbrio emocional a ele. “As crianças sentem-se mais seguras quando estão brincando com os pais”, diz Masruha. De quebra, esse carinho também vai refletir no aprimoramento da linguagem do seu filho. Para o especialista, todo aprendizado associado à emoção é mais duradouro, ou seja, ajuda na cristalização da memória.

E tem jeito mais gostoso de contribuir para o crescimento do seu filho do que se divertir com ele? Aproveite!



Fonte: Crescer

domingo, 13 de maio de 2012

Seu filho rói as unhas?


Vale investigar o que está por trás desse comportamento.


O hábito de roer as unhas nornalmente está associado à ansiedade. Então, é difícil dizer que é apenas uma fase. É preciso descobrir o que está por trás desse comportamento e agir direto na causa, não apenas no efeito.

Passar esmalte de gosto amargo, por exemplo, além de poder provocar intoxicação, não resolve o problema em longo prazo. Procure entender o que está incomodando o seu filho. Pode ser uma mudança na rotina, problemas na escola. Converse com ele e pergunte se aconteceu alguma coisa.

Na hora que o vir roendo as unhas, chame a atenção dela sem punir ou brigar, apenas lembrando que ela não deve fazer isso. Vale dizer também que a unha tem sujeira e que ela pode ficar doente ao roê-la.



Fonte: Crescer

sábado, 12 de maio de 2012

Crises de ENXAQUECA podem levar à DEPRESSÃO


Quem sofre de enxaqueca convive com uma das mais incômodas – e, muitas vezes, incapacitantes – dores que o ser humano pode enfrentar. Os sintomas variam em intensidade, mas a descrição das sensações é mais ou menos assim: a cabeça pesa, alguma coisa parece martelar o cérebro, as veias pulsam nas têmporas, o estômago revira. Luz, cheiro, sons...Tudo se torna insuportável.

Se você conhece essas fases muito bem, não está sozinho. Cerca de 15% da população do planeta sofre de enxaqueca. No Brasil, são 25 milhões.

Homens e mulheres têm enxaqueca, mas ela é três vezes mais comum no sexo feminino. A explicação é a intensa variação hormonal que ocorre durante o ciclo menstrual.

Nesta semana, surgiu uma novidade. Ao analisar os dados de saúde de 36 mil mulheres que participam de um estudo americano que já dura décadas, os cientistas descobriram algo importante: a enxaqueca pode levar à depressão.

Essa é uma antiga suspeita, mas agora o epidemiologista Tobias Kurth, do Brigham and Women’s Hospital em Boston, conseguiu confirmá-la.

No início da pesquisa, nenhuma das voluntárias tinha sintomas de depressão. Mais de 6 mil mulheres sofriam de enxaqueca ou havia tido crises da doença no passado.

Depois de 14 anos de acompanhamento, mais de 3,9 mil mulheres haviam desenvolvido depressão. Os pesquisadores concluíram que o risco de depressão é cerca de 40% mais alto entre as mulheres que sofrem ou sofreram de enxaqueca.

A pesquisa demonstrou também que o risco de depressão é o mesmo no grupo de mulheres que têm enxaqueca com aura (distúrbios visuais que costuma preced er as crises) e entre as que não têm aura. O estudo completo será apresentado em abril durante a reunião anual da Academia Americana de Neurologia, em New Orleans.

“Esperamos que nossos resultados encorajem os médicos a conversar com as pacientes que têm enxaqueca sobre o risco de desenvolver depressão e as formas de evitá-la”, escreveu Kurth.

Ainda não se sabe com certeza por que a enxaqueca leva à depressão. É possível que as dores de cabeça frequentes comprometam de tal forma a qualidade de vida que a pessoa acaba deprimida. Alguns cientistas, porém, acreditam que existam razões biológicas (ainda não completamente desvendadas) por trás disso.

Infelizmente, a enxaqueca ainda não tem cura. Mas há maneiras simples e inteligentes que ajudam a evitar as crises. Saber que ela pode causar um problema ainda mais grave – a depressão – é mais uma razão para não descuidar da prevenção.

O que, de fato, funciona? Vamos a um pequeno guia. Ele serve para as mulheres e para os homens – com exceção, obviamente, das menções ao ciclo menstrual:

Observe o que desencadeia as suas crises

Vários fatores podem dispará-las: dormir pouco ou demais, viver estressado, consumir bebidas alcoólicas, estar no período menstrual, usar anticoncepcionais ou fazer reposição hormonal. Além disso, há os fatores genéticos. Quase sempre há vários casos de enxaqueca na mesma família. Faça uma lista de fatores desencadeantes suspeitos e converse com seu médico. Só ele poderá indicar a melhor estratégia de mudança de hábitos e os medicamentos mais adequados ao seu caso. Existem várias classes de drogas usadas no tratamento e recursos mais recentes, como a estimulação magnética transcraniana.



Fonte: Revista Exame

domingo, 6 de maio de 2012

Menina com Síndrome de Down doa 78cm de cabelo para crianças com câncer.

A pequena Keeley Thomas, de 5 anos, surpreendeu sua mãe, Lindy, ao dizer que iria cortar seu rabo de cavalo para ajudar as pobres criancinhas que não tinham cabelo algum. “Keeley tem um coração enorme e costuma dizer que não importa as circunstância, sempre há espaço para ajudar os outros”, disse Lindy ao jornal britânico The Sun. Neste caso, o cabelo será usado para fazer perucas para crianças com câncer.

“Minha filha sempre amou seu cabelo, que a fazia chamar a atenção de todos na rua. Cada vez que alguém a elogiava, seu rosto se iluminava”. Ela continua: “Tanto que cada vez que a levava para aparar as pontas era um drama. Fiquei surpresa quando ela me disse que topava cortá-lo por caridade”, conta a mãe.

Em março de 2011, Lindy percebeu que o cabelo de sua filha precisava desesperadamente de um corte, mas recebeu protesto ao sugerir a ida ao salão. “Eu acatei porque parecia um desperdício cortar um cabelo que ela amava tanto e que a fazia tão feliz. Foi então que descobri uma instituição de caridade que pedia doação de cabelo para crianças que faziam tratamento de quimioterapia”.

A mãe mostrou o site à filha, que na mesma hora se empolgou com a doação. “Fiquei tão orgulhosa dela que meus olhos se encheram de lágrimas”, conta. Ambas decidiram deixar o cabelo da pequena crescer ainda mais antes de corta-lo. Onze meses depois, doaram 78 cm de cabelo – que passava dos joelhos da garota! - para a instituição.

Quando alguém pergunta pelos longos fios, Keeley conta orgulhosa sobre sua missão de ajudar os outros. E quem ouve sempre se impressiona com a maturidade desta garota com síndrome de down e apenas 5 anos. E, como não se bastasse a ajuda às crianças com câncer, a cabeleira ainda rendeu mais de R$ 6 mil, que ela doou a uma instituição dedicada a pessoas com síndrome de down.



Fonte: Revista Crescer

Como ajudar as crianças a superar seus medos

Do quarto escuro à morte, descubra como conversar com seu filho sobre o que causa pesadelos para ele.


Os medos e suas fases


Eles estão ligados a etapas específicas do desenvolvimento, e o modo e a intensidade variam de criança para criança – têm relação com a personalidade dela, a dos pais, entre outros fatores. Com o crescimento e a maturação cognitiva e emocional, seu filho vai encontrando estratégias eficazes para lidar com os medos, mas sua ajuda é fundamental, claro.


Conheça alguns dos principais medos, de acordo com a idade do seu filho. E aprenda a lidar com eles: 


ATÉ 7 MESES
De barulhos inesperados e luzes fortes.

- Para ajudar: Evite expor a criança a qualquer estímulo intenso. Se não for possível, faça de maneira suave e verifique como ela reage.

DE 7 MESES A 1 ANO E MEIO
De pessoas, ambientes e objetos novos; de perder os pais, pois acham que pessoas desaparecem quando não estão ao alcance de seus olhos.

- Para ajudar: O pai, a mãe ou o cuidador devem estar presentes quando o bebê for exposto a situações novas.

DE 1 ANO E MEIO A 3 ANOS
Do escuro, de pessoas com máscaras ou fantasias, de ficar sozinho.

- Para ajudar: Ao encontrar alguém fantasiado, aproxime-se devagar e mostre que é apenas uma roupa diferente. Se ele não gostar, não force.

DE 3 A 5 ANOS
De monstros, fantasmas, da escuridão, de animais, chuva, trovão, de se perder.

- Para ajudar: Respeite a criança, permitindo que se expresse, e explique que nada lhe acontecerá de mal. Quanto ao medo de se perder, faça-a decorar o nome inteiro e o telefone de casa e a ensine a pedir ajuda. Ela se sentirá mais segura.

A PARTIR DOS 5 ANOS
De ser deixado na escola, de bandido, de personagens de terror.

- Para ajudar: Insegurança melhora com diálogo. Se o medo for de bandido, reforce, por exemplo, a importância de ficar perto de adultos conhecidos. Para a criança se sentir segura, diga que alguém sempre estará cuidando dela na escola.

A PARTIR DOS 6 ANOS
Da própria morte e da dos pais, pois já a entende como algo irreversível; de ser criticado.

- Para ajudar: Se houver perguntas sobre morte, não invente histórias absurdas, diga a verdade de forma delicada. E quanto às críticas: explique que elas nos ajudam a melhorar.



Fonte: Revista Crescer

terça-feira, 1 de maio de 2012

DISTÚRBIOS ALIMENTARES - Bulimia e Anorexia

Mulheres com bulimia e anorexia têm problemas de fertilidade. Segundo estudo britânico, elas têm o dobro de chance de precisar de tratamento para engravidar.

Além de todos os perigos à saúde que os distúrbios alimentares provocam, um estudo alerta que a bulimia e anorexia prejudicam também a fertilidade da mulher.

Pesquisadores do Instituto de Psiquiatria do King´s College London analisaram questionários de cerca de 11.088 grávidas, entre a 12ª e 18ª semana de gestação. Dessas mulheres, 171 tiveram anorexia em algum momento de suas vidas, 199, bulimia, e 82, os dois problemas. Um dos resultados mostrou que aquelas com distúrbios alimentares poderiam levar mais de seis meses para engravidar se comparadas com as demais, além de ter duas vezes mais chances de precisar de tratamento para engravidar.

Para Emerson Barchi Cordts, ginecologista e especialista em reprodução humana do Hospital São Luiz (SP), os problemas de fertilidade das bulímicas e anoréxicas se devem a alterações na produção de hormônios, por conta da deficiência de gordura e nutricional. Isso faz com que elas não ovulem ou tenham baixa qualidade de ovulação. E explica: “Essas mulheres têm dois distúrbios importantes. O primeiro é o começo de tudo, ainda na produção dos hormônios na hipófise, e o segundo é a deficiência na formação do estrogênio, responsável por preparar o útero para receber o embrião”, diz. Outro dado do estudo mostrou que 41,5% das mulheres com anorexia e bulimia disseram que sua gravidez não foi planejada, comparando com 28,6% da população feminina geral. Segundo os cientistas, isso sugere que elas subestimam suas chances de concepção. “Por conta da menstruação irregular (algumas ficam meses sem menstruar), elas acreditam que não vão engravidar. Mas o ovário pode voltar a funcionar a qualquer momento”, diz Emerson.

Outro ponto é que, como estão acostumadas com a ausência do ciclo, nem imaginam que podem estar esperando o bebê. E isso representa um problema enorme. Afinal, já têm uma situação nutricional ruim para elas mesmas, e agora têm um bebê em formação que precisa de energia, e obviamente vai tirá-la da mãe. “Entre os riscos, além de aborto, estão atraso no crescimento do embrião, parto prematuro, insuficiência placentária”, afirma o especialista. Por isso, se o pré-natal já é fundamental para qualquer grávida, para as mulheres com distúrbio ele é ainda mais importante, o quanto antes.



Fonte: Revista Crescer