Denise Fontoura

Psicóloga pós-graduada em Psicopedagogia.

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domingo, 20 de maio de 2012

Tudo o que você precisa saber sobre TERAPIA DE CASAL

Um psicólogo com experiência em terapia de casal pode equilibrar e fortalecer vínculos – ou ajudar na separação.


Não existe hora certa para começar uma terapia de casal. O fundamental é reconhecer a insatisfação e evitar que as crises se tornem crônicas. "Se os problemas se arrastam há muito tempo, a taxa de sucesso diminui", diz Ailton Amélio da Silva, professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP), autor de Relacionamento Amoroso: Como Encontrar sua Metade Ideal e Cuidar Dela (Publifolha). Na opinião dele, muitos casais adiam por causa da resistência dos homens - vários têm preconceito e não pensam em consultar terceiros. Quem procura deve saber que o objetivo do tratamento não é evitar o divórcio: "A proposta é ajudar o casal a encontrar uma forma harmônica de se relacionar, mas não há mágica", explica Margarete Volpi, psicoterapeuta familiar e de casal especializada em sexualidade. Portanto, assim como existe a possibilidade de um salto qualitativo no relacionamento, nada impede que os envolvidos cheguem à conclusão de que serão mais felizes separados. Nesse caso, mesmo que a dor seja inevitável, é provável que o fim se mostre menos traumático, pois ambos puderam se expressar e refletir antes.

Quais as questões mais comuns no consultório? "Uns sofrem de tédio, outros estão cansados de tanta briga", revela Ailton. Para ele, "a briga, em si, não é ruim. A forma de brigar é que importa. Se há desrespeito, os envolvidos mal se ouvem e só querem atacar o outro, aí, sim, a briga é destrutiva e não leva a nada", alerta. As questões da comunicação e da sexualidade podem entrar em pauta e as fases de mudança - como a chegada dos filhos - testam os casais. "Muitas mulheres reclamam que o marido não assume responsabilidades com a casa e as crianças. Quando faz a parte dele, a relação melhora", diz o terapeuta. A infidelidade conjugal também leva muita gente ao consultório. Margarete conta que, certa vez, atendeu um casal que se dava muito bem na cama e fora dela até ambos descobrirem que já tinham sidos traídos pelo parceiro. Numa situação dessas, não cabe ao terapeuta impor uma "atitude certa" aos pacientes, e sim criar condições para que eles definam os próprios desejos e refaçam contratos.

O prazo da terapia varia muito, mas a média é de seis meses, com sessões semanais alternadas entre individuais e em conjunto.

Conselhos práticos para harmonizar a vida a dois

É importante que cada um tenha sua individualidade bem dosada. Casais que dormem em quartos diferentes, têm contas separadas e amigos separados não constroem uma relação em comum. Por outro lado, cada um precisa ter sua vida individual, como um complemento, e não uma extensão do outro. Mantenha a vida sexual ativa, criativa e prazerosa. Com a rotina, o cansaço e as ocupações, muitos casais acabam se desinteressando por essa área, o que acaba se voltando contra a relação. Segundo Ailton, é muito comum o seguinte ciclo: ele quer mais sexo, ela quer mais atenção. Ele não dá essa atenção a mais, ela se frustra e sente menos vontade de fazer sexo com ele. Com isso, ambos ficam insatisfeitos e se afastam. Peça ou sugira pequenas mudanças de atitude para melhorar o cotidiano, tudo bem. Mas não tente transformar completamente o seu parceiro. Se ele sempre foi reservado, pouco afeito a demonstrações de afeto, não espere que ele se transforme num homem galante e expansivo. Não idealize o casamento e reconheça que conflitos são inevitáveis - fazem parte do amadurecimento e proporcionam mudanças necessárias.

O importante é aprender a administrá-los e não perder o respeito pelo outro. Evite o envolvimento com conflitos provenientes das famílias de origem do cônjuge, como se intrometer em conflitos sem ser chamada. Parte das desavenças entre casais se deve ao fato de não separarem o casamento da família de origem. Considere-se uma agregada naquele grupo já formado. Cada um deve se esforçar para conservar o desejo e a admiração do outro, mantendo a individualidade e ajudando o parceiro a manter a autoestima. Depois dos filhos, não transforme o casal em apenas pai e mãe: cultive espaço para as crianças, para a família e para a intimidade do casal. Cuide da aparência. Muitos casais, ao longo do tempo, deixam de cuidar do corpo, se vestem de qualquer maneira em casa: a atitude relapsa diminui a autoestima e compromete a atração mútua. Cuide do bom humor e evite o tédio: com alguma dedicação e boa vontade, as preocupações não precisam ser descontadas em casa e os programas não precisam ser sempre os mesmos. Valorize a conversa e saiba escutar o que o outro diz. Não ser ouvido diminui a cumplicidade e a autoestima dos parceiros. Faça planos que estimulem a vida a dois, tanto a curto como a longo prazo: viagens, compra de uma casa, passeios.



Fonte: Revista Cláudia

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